XVIII

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George não conseguiu acreditar que aquilo estava acontecendo com ele e sua família. Era um momento para todos ficarem felizes, e de repente tudo mudou drasticamente. Ele sentiu os braços de Charlotte ainda o abraçando, e aquilo era um grande conforto. Suas lágrimas não paravam de descer por seu rosto; ele simplesmente não podia acreditar. Não podia. William George Arthur Albert Windsor não podia estar morto, não podia. Não era possível que sua vida mudasse assim tão radicalmente. Sua mãe se aproximou atordoada ao seu lado.

— O que aconteceu? — perguntou angustiada. — O que aquele homem falou para você ficar tão abalado.

— O meu pai... — soltou-se de Charlotte e segurou a mão da mãe. — Ele...

— O que aconteceu com William? — a mãe se desesperou. — Diga-me!

— Ele morreu.

— Como isso é possível? — gritou. — Não, não. — levantou-se. — É algum engano. Não deve ser meu marido.

— Rainha Lauren... — Charlotte colocou a mão no ombro dela com receio.

— O que está acontecendo? — o pai de Charlotte chegou com um olhar assustado. — Todos estão olhando para cá e fazendo comentários sem sentido.

— Por favor, Charles. — a rainha soluçou. — Fale para todos irem embora. Mande a orquestra parar de tocar. Diga que o reino está em luto. Diga que o rei está morto.

— William? Isso é não é possível. — Charles espantou-se. — Como isso é possível? Como ocorreu isso?

— É possível, infelizmente ele está morto. — o homem que havia dado a notícia se manifestou. — Meu nome é Caleb Phelps, eu era o acompanhante do rei em suas viagens. Em uma de suas paradas, em uma estalagem... — ele parou. — Eu não gostaria de continuar está conversa na frente de Vossa Majestade. — olhou para a rainha.

— Eu vou fazer o que me pediu, Majestade. — o duque saiu pelo salão.

— O que está acontecendo? — o rei da Espanha chegou com sua esposa ao lado. — Ouvi uma conversa absurda. Que William está morto! Meu amigo forte como um touro não morrerá tão cedo.

— É tudo verdade. — George limpou o seu rosto com a mão. — Meu pai está morto. — George sentiu uma mão apertar seu braço, e viu Charlotte ao seu lado triste.

— Ele morreu como? — quis saber o rei Eduardo.

— Eu não quero contar para Vossa Majestade. — Caleb ficou nervoso. — É constrangedor.

— Eu sei que meu marido tinha amantes por todo lugar que ia. Não me surpreenderia em nada se ele estivesse com uma cortesã na hora de sua morte.

— Ele estava na estalagem e achou essa mulher para satisfazer seus... Desejos. O rei começou a beber demais, pensava em fazer vários tipos de estupidez. A estupidez que tirou sua vida foi montar em um cavalo bêbado e pelado. Eu implorei para ele voltar para dentro da estalagem e melhorar da bebida, mas ele não me deu ouvidos. Ele perdeu o equilíbrio no cavalo e foi arremessado para longe e bateu a cabeça em uma árvore. Eu consegui com ajuda de outras pessoas o colocarem em cima da cama e ajudar nos ferimentos, mas não teve jeito. Seu pai morreu ontem. Eu só consegui chegar com o corpo dele hoje, lamento.

— Que tragédia. — murmurou Soraya.

— Consegui com que todos fossem embora. — Charles chegou com Phoebe e Scarlett ao seu lado. — Lamento muito a perda de Vossas Altezas e Majestade. Precisam permanecer unidos nesse momento triste. — Charles colocou a mão no ombro de George. — Eu conheço seu pai desde sempre, não sei se você sabe. Ele era uma pessoa boa, mas o poder subiu a cabeça dele. Você sabe que agora o poder está em suas mãos. E não só o poder, mas também a vida de várias pessoas. Espero que tenha sabedoria em tudo que conduzir. — ele apertou o ombro de George e tirou a mão. — Charlotte. Acho melhor nós irmos para casa.

Lady CharlotteWhere stories live. Discover now