Dia 22

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Mas se ignorar o seu futuro que prossegue através das suas crianças é ruim para a própria continuidade existencial, ignorar as tradições e mitos populares nacionais é também acabar com sua própria herança familiar. Pois como mencionei, um filho ou filha se molda através dos ensinamentos de seus pais, que anterior a isso se moldaram dos pais deles, que antes se moldaram dos pais anteriores, que continuaram outros pais... ou seja, é uma passagem de conhecimentos, tradições e aprendizados culturais que não podem ser esquecidos jamais para que o país onde se vive não perca sua identidade.

Infelizmente pouca importância é dada as nossas origens e histórias. Nossa língua falada tem se perdido aos poucos e tudo que é originário de nosso país está sendo trocado pelas coisas estrangeiras. Como, por exemplo, as nossas lendas. Os brasileiros preferem muito mais comemorar o Halloween ao Dia do Folclore. Por conta disso foi até criada uma segunda comemoração justamente no mesmo dia do Halloween, como forma de nos desvincular dessa tradição norte-americana e nos introduzir melhor em nossa própria cultura.

Não vou dizer que não gosto do Halloween e toda sua tradicional festa do horror que vai desde se fantasiar de alguma criatura medonha para buscar guloseimas deliciosas, como doces e balas, a assistir uma seleção de filmes de terror. Mas estaria mentindo também se dissesse que ignoro totalmente o nosso folclore. Pois adoro todas as nossas lendas tão fascinantes e assustadoras quanto os monstros americanos. Possuo inúmeros livros que envolvem esse tema e até criei um conto intitulado Mil aventuras na terra nova, onde junto diversos personagens nosso em uma só história de aventura.

Sempre me diverti lendo as infantis histórias de Monteiro Lobato e ouvindo as mitos de nossos personagens como o Curupira, Saci-Pererê, Boto cor-de-rosa, Boitatá, Negrinho do pastoreio e tantos outros. Daí, quando ingresso nas narrativas mais adultas desses seres, vejo a graciosa Mãe d'água, Iara, deixar de ser aquela bela ESTRELA DIVINA para algo mais medonho.

Então fugitivo da sua música hipnótica já me imagino bem longe do rio, adentrando a escuridão da mata e nela avistando a luminosidade soturna do Boitatá ou com menos sorte ainda dando de cara com o flamejante cabelo do Curupira

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Então fugitivo da sua música hipnótica já me imagino bem longe do rio, adentrando a escuridão da mata e nela avistando a luminosidade soturna do Boitatá ou com menos sorte ainda dando de cara com o flamejante cabelo do Curupira. Mas não aquele protetor da mata que apenas faz travessuras com os caçadores, e sim um demônio sádico que me caçará para depois me castigar. Só que o perigo não para por aí. Além do Curupira há a/o Caipora (muito semelhante ao personagem Blanka do jogo Street Fighter), temos ainda a nossa versão do Lobisomem, o Bicho-Papão, a maldosa bruxa Cuca e inúmeros outros seres que causam medo e perigos aos que cruzam seus caminhos, além de divertir quem encara suas histórias originais e mais as contemporâneas.

Por tudo isso que afirmo valer a pena adentrar na nossa própria cultura e mitos. Porque o que o Brasil mais tem a oferecer de bom são suas vastas histórias que seguem desde o sul do país ao seu norte, cada estado e região com sua variedade de personagens folclóricos e deuses mitológicos. É muita diversão a todo curioso que gosta de enchera mente de imaginação e seu coração de medo e emoção. Assim

 Assim

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Um ano inteiro em pequenos versosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora