Dia 18

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Outra coisa a se saber é que essas falas hediondas e de nenhuma valia adoecem não apenas o cérebro como também as nossas caminhadas, comportamentos e nossas interações tanto inter quanto intrapessoais. São cânceres que somente os professores podem curar. Pois os médicos só ajudam cabeças que estejam feridas por enfermidades, não por obscuridades.

Portanto, quando o dano causado não é de fonte educacional, e sim algo ocorrido por alguma doença adquirida, uma ação maldosa nos feita ou mesmo por algum acidente ocorrido ao nosso corpo, daí sim existe um especialista da saúde específico pronto a nos socorrer. E para todos esses especialistas há uma forma bela de homenageá-los, que é o Dia do Médico. Uma data criada especialmente para esses grandes profissionais que nos cuidam no intuito de não sofrermos de dores ou termos nossas vidas interrompidas por esses males que nos aflige tanto por dentro quanto na superfície de nossos corpos, mas que só percebemos a real importância deles quando a dor chega e rasga-nos por inteiro ou a fraqueza nos faz arrastar pelo chão em seu socorro. É aí que lembramos o quanto somos frágeis e eles necessários.

Buscamos lembrar-nos desses profissionais somente quando sentimos o amargo sabor de nosso próprio sangue. Vemos então a sombra nefasta que nos encobre com sua gélida presença e aí passamos a temer o inesperado, o esquecido, o ignorado. Passamos a dar importância a uma doença somente a partir do momento a Morte nos toca a pele e tenta nos puxar a vida de forma agressiva. É aí que vamos até nossos salvadores com o propósito de preservarmos nossa saúde e afastar o amedrontador arcanjo que se senta em nosso leito e acaricia nossos pés.

Enquanto a Morte não semostra e doença alguma nos aflige, seguimos a caminhar crentes de que é CONTRÁRIO A ELA que caminhamos.

Enquanto a Morte não semostra e doença alguma nos aflige, seguimos a caminhar crentes de que é CONTRÁRIO A ELA que caminhamos

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Infelizmente ninguém pode nos salvar dessa sina tão sombria. Por maisque a medicina tenha evoluído e os médicos feitos novas descobertas para curar-nos das milhões de doenças, a fim de prolongar mais nossas vidas, nenhuma delas nos livra em definitivo desse

O cardiologista Roberto, protagonista do meu romance Sob os olhos da Morte, até que tentou diversas alternativas para desvendar os segredos da morte e conseguir livrar todos seus pacientes desse trágico fim

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O cardiologista Roberto, protagonista do meu romance Sob os olhos da Morte, até que tentou diversas alternativas para desvendar os segredos da morte e conseguir livrar todos seus pacientes desse trágico fim. Só que tudo que buscou fazer foi em vão. Talvez tenha conseguido somente criar maiores males para a cidade onde vivia com seus filhos do que ajudar.

Por esse motivo até ouso falar da morte com uso de palavras poéticas, sarcásticas e dramáticas. Dela eu rio e dou de ombros. Porém enquanto brinco com seu nome em cada texto meu, mantenho sempre o mais devido respeito. Pois querer confrontar esse arcanjo ceifador e desafiar seus desígnios, é despertar sua ira incalculável e receber sua visita antes da hora marcada.

No entanto não é somente eu. Mas é o que faz todo artista das palavras. Nós pegamos a tristeza, a dor, o sofrimento e até mesmo a morte para transformar todos esses males em belíssimas poesias.

Um ano inteiro em pequenos versosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora