Introdução (parte II)

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Os Gêmeos Alexsandro e Yago (corrigido)

Alexsandro Leopoldo Sanz D'Alba, 34 anos, era idêntico ao seu irmão gêmeo Yago Sanz D'Alba. Pele morena, 1,91 de altura e cabelos castanhos bagunçados, como se acabasse de sair de uma violenta sessão de sexo - e provavelmente tinha. Além de sua família, apenas os amigos mais próximos conseguiam diferenciá-los. Os gêmeos não viam nenhum problema em serem cópias exatas um do outro. Era até útil, principalmente quando pretendiam levar uma ou duas mulheres para a cama. Somente alguém muito observador percebia que os olhos do dragão negro tatuado em todo o dorso de Alex eram vermelhos, enquanto os olhos do dragão tatuado nas costas do seu gêmeo eram amarelos.

Alex e Yago não eram idênticos apenas na aparência, mas também no caráter e nos gostos peculiares, porém Yago era mais sério, mais calmo e era sempre o que mantinha os pés no chão. Alex era mais extrovertido e também o mais impulsivo, impaciente. Alex vivia a vida intensamente, enquanto o irmão era mais sereno. Exceto quando o assunto era sexo, nesse ponto os dois eram iguais.

Alex e Yago fizeram um juramento, após sofrerem uma traição que custou a morte da mulher que os dois amaram e que quase custou a vida de um deles, de jamais deixar alguém se interpor entre eles e que só se casariam se a mulher amasse os dois.

Alexandro e Yago vinham de uma família aristocrata - ou que pelo menos já havia sido um dia, ou melhor, séculos antes. Seu pai e sua madrasta ostentavam um título que não tinha o menor valor político, mas davam-lhes um status na sociedade espanhola e inglesa, que eles não estavam dispostos a perder. Talvez o pai tivesse tido mais sorte se Yago tivesse nascido primeiro, assim talvez houvesse esperança de manter o prestígio do já ultrapassado título de Conde D'Alba, mantido na família por 18 gerações.

O problema estava no fato de que Alex odiava tudo aquilo, odiava a realeza, odiava sua ascendência britânica e espanhola, odiava a hipocrisia e a pompa daqueles nobres falidos que viviam de aparências, enquanto estavam atolados em dívidas, e por isso puxavam o saco de seu pai. Estes estavam dispostos a fazer qualquer coisa para não perder a única oportunidade de aparecer nas manchetes.

Alex se lembrava de sua mãe organizando as festas que duravam quinze dias e lotavam o castelo que pertencia à família. Seu pai, muito ligado às tradições, fazia questão de conservar a propriedade o mais original possível. Tudo foi mantido: o mesmo vilarejo, o sistema de colonos que arrendavam as terras produtivas ao redor, e a enorme construção datada do século XV com mais de trinta quartos e imensos salões de baile, além de tantas outras salas separadas por cor e com finalidades específicas que Alex nunca soube quais eram.

A biblioteca continha preciosidades da literatura espanhola e inglesa, além de muitas outras pérolas de autores europeus e também de outras partes do mundo. Ele sempre admirou isso em seu pai, ele amava a história, tanto a passada quanto a que estava sendo escrita. Talvez fosse o único motivo de orgulho que Alex ainda tinha em relação a seu pai e seus antepassados.

Suas brigas com o velho o mantinham longe, não era fácil de consertar, até porque a intransigência do pai custou a vida da mulher que ele amava e quase custou a vida de seu irmão.

Anna se apaixonou pelos dois, esteve na cama dos dois, Quando Alex descobriu que ela estava usando tanto um quanto o outro, ele contou ao gêmeo, mas Yago o culpou e o acusou de ter roubado sua amada.

Yago, em um momento de fúria, saiu com sua moto e sofreu um grave acidente. Foi então que Alex descobriu que fora seu próprio pai quem havia se encarregado de garantir que ele se interessasse por Anna. Conhecendo os gostos similares dos filhos, Sir Leopoldo praticamente colocou Anna em sua cama e quando Alex percebeu, já era tarde.

TRÊS- Porque Ella Ama Eles  (completo na Amazom)Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz