Capítulo 15

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Ainda era cedo para voltar para casa, havia uma grande possibilidade de Yago ainda estar acordado e tudo o que Alex não precisava naquele momento era o irmão lendo-o como um livro.

Ele dirigiu direto para o Porão's, o mesmo bar que ele e Yago foram quando chegaram a cidade, e também onde teve uma das melhores transas de banheiro da sua vida.

— Não há melhor remédio que esse — disse ao pensar na bela garçonete de corpo flexível que ele fodeu no banheiro do bar.

Ele estava se sentindo o pior dos babacas quando saiu do apartamento da mulher doce e encantadora que ele havia conhecido. Alex não queria pensar no que havia o assustado tanto. Em um declarado ato de covardia, ele mandou uma mensagem para o número. "Sinto muito" ele disse, mas não deu nenhuma explicação, até ele também não tinha.

O que ele diria para ela? — Eu quero te levar para cama, e te foder da mesma forma que eu fodo as mulheres que jogam comigo. Eu não faço papai-mamãe, mas quero te amarrar, vendar, bater nessa sua deliciosa bunda branquinha até que ela fique vermelha como os seus cabelos. Mas preciso te dizer que não deve esperar mais nada de mim, sem flores, sem corações, sem telefonemas de agradecimento.

Alex sabia que se ele ficasse ele iria querer ver aquele sorriso de novo, aliás, ele a faria rir só para garantir que aquele buraquinho na sua bochecha se tornasse permanente. Ele sabia que se ouvisse o som riso dela mais uma vez ele jamais seria capaz de viver sem ele. E se a beijasse, ele perderia a sua alma.

— Não, nenhuma mulher vale um preço tão alto, eu não quero me tornar um homem controlado por quatro paredes, isso é coisa para o Yago. — falou consigo mesmo, chamando a atenção da garçonete gostosa.

— Você não bebeu tanto assim para começar a conferenciar com o copo, mas pode falar com o meu corpo se você quiser, pelo que me lembro, você me fez cantar em suas mãos na última vez que esteve aqui. — a mulher sorriu sedutora e ele piscou para ela.

— Princesa, você é deliciosa, mas mesmo que eu não entenda essa porra toda, não sou boa companhia hoje.

— Quem foi o babaca da história, você ou ela? — perguntou enquanto trocava a bebida dele.

— Culpado! — respondeu com sorriso desenxabido. — mas não fiz nada de errado, apenas não dei a chance de descobrir se iria dar certo ou não, fugi antes como um babaca covarde.

— Medo de compromisso?

— Acredito que é um pouco mais que isso, agradeço pelo papo gata, mas não sou do tipo que fala. — Alex sorriu torto e saiu deixando duas notas de cem no balcão.

Na manhã seguinte Yago foi correr na praia, deixando Alex para trás, ele estava insuportavelmente irritado naquela manhã. Era melhor não discutir a pressa repentina de resolver tudo e voltar para casa o quanto antes. Yago conhecia seu irmão, ele estava se sentindo culpado, mas porquê? O que havia acontecido na sua ausência para que ele estivesse agindo de forma tão estranha. Alex era um jogador, 50% das vezes era ele quem articulava os encontros, trazia as garotas, ou simplesmente o chamava como se convidasse para um café na Starbucks— hoje você e eu duas ou três gatas...

Com certeza não estavam agindo no normal deles, sim, porque Yago era o responsável pela outra metade da diversão, e ele também estava distraído. No entanto, havia uma razão para sua inquietação, mas Yago não admitiria nem para si mesmo, e jamais para o irmão.

A situação estava preocupando aos dois, pois da última vez que estiveram distantes assim, havia uma mulher entre eles. Depois de Anna, eles prometeram que jamais deixaria que o amor de uma mulher sobrepusesse ao deles. Se acontecesse novamente, se eles se apaixonassem pela mesma mulher, os dois abririam mão dela, ou a fariam se apaixonar pelos dois. Yago pensou se a razão da inquietação de seu irmão era a mesma que a dele.

TRÊS- Porque Ella Ama Eles  (completo na Amazom)Where stories live. Discover now