Capítulo 24

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Por Alex

Alex jamais imploraria a uma mulher, ele não se curvou aos pais, não o fez diante Anna e não se curvaria diante de Ella. O que mais ela queria? Ele havia confessado o seu amor, ela o tinha praticamente de joelhos aos seus lindos pés.

— Sim, seu idiota bastardo, você está amarrado até as bolas por essa garota — grunhiu socando o volante. — Mas não serei domado por um pequeno demônio de cabelos vermelhos.

Ele não imploraria novamente, ele esteve a noite toda como um tolo sentado à porta dela, mas ela se recusou a ouvi-lo. O amor dele não foi o bastante para ela e ele não sabia se poderia lidar com o sofrimento do irmão. Alex desejou não ter saído da Espanha, desejou não ter ido à casa do senador, sua vida livre e descomplicada, jamais seria a mesma sem a pequena de cabelos vermelhos e olhos da cor de avelã.

Jamais tivera que lutar por uma mulher antes, elas caiam aos seus pés, às vezes imploravam para ter mais do que uma noite com ele, Alex sempre as manteve longe para que elas não pensassem que poderiam obter mais dele.

— Só pode ser karma, um castigo enviado pelos deuses por cada mulher que esperou a porra de um telefonema meu no dia seguinte — resmungou enquanto o barman lhe entregava um copo com whisky e gelo — deixe a garrafa — ordenou.

Alex jamais sentira pena de si mesmo, e estava decidido a provar que ela não tinha domínio sobre ele — Alex D'Alba, a porra do futuro conde de Alba, o idiota de sangue azul e bolas roxas — ele riu, e ergueu o copo em um brinde silencioso em direção a ela.

Ele percebeu que estava falhando miseravelmente quando seus olhos encontraram os dela em cima do palco. Ela estava sofrendo tanto quanto eles, ou duas vezes mais. Ela estava linda, usava uma calça solta na cintura, semelhante àquela que cobria seu lindo traseiro na noite em que ele cozinhara para ela. Alex engoliu a lembrança como de fosse um caroço de abacate, pois desceu apertado e dolorido. A calça vermelha e um colete de renda branco sobre um top revelador a deixavam bela, sensual, provocante. Mas não foi a sua roupa, foi a sua alma derramada em suas canções. Ella, um palco vazio e o seu violoncelo.

"A pergunta é por que, por que estamos aqui?

Para dizer nossos "olás" e adeus, e então desaparecer?

E esta linda vida, para o que é?

Aprender a dominar a paz ou dominar a guerra?"

Cada nota era um golpe no destino, ela o colocou em um ringue e parecia querer dar a ele a justa paga da sua dor. Cada golpe de suas palavras o acertava com o mesmo peso, pois ele queria poder protegê-la da dor autoimposta. Mas a decisão era dela e estava em suas mãos mudar tudo.

"Há apenas uma resposta que importa

Mesmo que seu coração tenha sido despedaçado

O que quer que você queira, o que quer que seja seu objetivo

O amor ainda é a resposta

O amor ainda é a resposta"

Se pudesse, ele a obrigaria olhar para o seu próprio coração, a forçaria lutar contra os seus medos e aceitar que não havia nada errado em amar e ser amada.

"Amor, amor, amor, amor

Amor, amor, amor, amor"

Se pudesse, ele a obrigaria olhar para o seu próprio coração, a forçaria lutar contra os seus medos e aceitar que não havia nada errado em amar e ser amada.

TRÊS- Porque Ella Ama Eles  (completo na Amazom)Where stories live. Discover now