Quarto

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Os raios de luz adentravam seus olhos, fazendo sua cabeça doer e de imediato levantar seu tronco para se sentar nos lençóis em que seu corpo se encontrava...tão sedoso, Hope toca os tecidos em sua volta.

Ela capta o local onde se encontrava, era belíssimo, a visão daquele cômodo era estranhamente bela, era envolvido com cortinas densas e pesadas em vermelho, era um quarto...um quarto egípcio antigo da realeza.

Onde estou? Hope se questionava conforme se levantava com seus pés pousando no chão, caminhando sutilmente ela tocava cada pequeno móvel em que estivesse em sua frente.

Saindo das imensas cortinas, a mulher ruiva caminhava aturdida pelo gigantesco palácio, era incrível, tudo do mais refinado material, ela estava encantada observando cada mínima pilastra daquele palácio aberto.

Seu passeio pelo lugar não durou muito tempo quando os servos que alí passavam, se ajoelharam em sua frente, ela soube naquele momento, que alguém estava atrás de si, a pequena ruiva se vira ao juntar toda a sua coragem e amor pela sua vida.

O homem grande de olhos vermelhos, parado em sua frente com sua feição séria e sem espaço para brincadeiras, Hope ofega, estava com uma túnica verde e dourada que o cobria em suas costas, menos seu peitoral impecável, como podia? Deve ser tão durinho, a ruiva pensava com suas íris esverdeadas piscando para aquela direção.

Como um furacão, ele parecia a tormenta de um furacão, era o que a mulher pensava enquanto seu rosto estava inclinado em direção ao do homem, ela não fraquejaria, o encararia mesmo que ela se sentisse irrevogavelmente como uma presa enjaulada em sua própria emboscada.

- Porque está fora de seus aposentos com esses trajes íntimos? - o homem soa como um felino aos seus ouvidos, acertivo e sem hesitação em sua fala.

- Talvez...talvez eu estivesse atrás de um traje mais adequado para vestir em meu corpo, já que não me foi concedido um conhecimento amplo dos aposentos em que me encontrava - a mulher baixa o responde petulante, os servos arfam ao prenderem o ar em seus pulmões, como ela ousa? Como poderia ser tão louca a ponto de respondê-lo de forma tão grosseira e impessoal? Fora sua aparência...era como uma maldição viva...seu faraó estava louco? Não, não poderiam duvidar da lucidez de seu senhor, aquilo era blasfêmia contra o escolhido dos Deuses.

- Se este era o vosso problema - o homem aproxima seu rosto do da pequena mulher - deveria ter apenas chamado por alguém - seu rosto era tão gritantemente proporcional que Hope não se conteve ao se perder em suas feições por momentos.

- De qualquer modo - ela se recompõe desviando seus olhos - não ficarei por muito tempo em vossa residência, agradeço a estadia, mas, estou me retirando agora - Hope tenta correr para longe do homem, contudo, braços fortes circularam sua cintura.

- Se retirando para onde? Ah sim, deve estar se retirando para me servir o vinho no salão de encontros, estarei à esperando, rosa do deserto - o homem a solta caminhando elegantemente para longe da mulher cheirosa...tinha o cheiro da rosa.

Hope suspira ao pensar que talvez...talvez ela não conseguisse fugir daquele homem delicioso com muita rapidez...delicioso? Hope cora ao arregalar seus olhos...não fora aquilo em que ela quis pensar.

- Minha senhora - a voz baixa de uma mulher de vestido azulado chama sua atenção, Hope se volta para ela, a mulher franze suas sobrancelhas, certamente ela entendia que a beleza da mulher miúda era algo sobrenatural, tão selvagem ao mesmo tempo em que fosse tão suave em suas expressões faciais - permita que eu a conduza para os seus aposentos - a mulher a reverência brevemente, Hope sorri abertamente para ela a seguindo conforme a mulher andava em frente.

Hope havia tomado um banho, um banho de rosas do deserto, aparentemente o homem misterioso do qual ela não tinha o conhecimento do nome, havia ordenado para todos os empregados do seu palácio, procurassem por rosas do deserto para que suas pétalas sejam colocadas em seu banho.

- Esse a deixou...tão...- a serva do qual a acompanhou em seu banho tentava a dizer algo, logo a outra pequena jovem que a acompanhava ao seu lado sorri.

- Divina, essa é a palavra, senhora - a jovenzinha sorria observando a mulher baixa usando um vestido branco com joias e adornos em sua pele pálida...estava divina.

- Sim, me perdoe por compará-la a uma Deusa, senhorita, no entanto, acredito que sua aparência tenha sido concedido por uma delas, então não há nada de ruim em a dizer a verdade - a mulher mais velha se afasta de seu corpo.

Hope estava espetacular, o faraó...demorou tanto para escolher sua concubina e quando a escolhe, traz uma mulher tão alucinadamente bela que elas facilmente se esqueceram de que sua beleza era profana em todos os aspectos.

- Acredito que nenhuma graciosa Deusa se sentirá ofendida por isso, não chegarei nem perto de ser o que alguma delas já foi, então não haverá problema para mim - a mulher responde quando seus cabelos longos ficou em frente ao seu corpo miúdo.

- Certo, senhora, tudo o que desejar - as duas se curvam perante Hope, suspirando ela sorri para as duas - creio que o meu senhor a espera para servi-lo em sua dose diária de vinho sagrado - a mulher aponta ao se recordar de como a presença da sua senhora era importante...o vinho sagrado do faraó era como um elixir da vida.

- Sim - Hope sabia o que era aquilo, havia tido apenas um faraó em que havia conseguido tamanha benção de algum Deus e ele já estava mumificado há muito tempo atrás.

Caminhando com silêncio a senhora mais velha a deixa em frente à entrada de uma sala ampla que tinha seu interior escondido pelas cortinas densas.

Hope respira fundo enquanto adentrava com seus pés descalços ao salão onde o homem deli...cruel a esperava...o que ela estava fazendo de sua vida?

- Com licença, senhor, estou adentrando - Hope o avisa.

Ajoelhado em frente à uma grande imagem...o senhor misterioso estava...rezando para aquela imagem inanimada de algum de seus Deuses...mas, aquela imagem...lhe parecia tão familiar...quem era mesmo o dono desta imagem?

A Alma do Faraó - Tom RiddleWo Geschichten leben. Entdecke jetzt