Vigésimo Sétimo

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• Olá olá, cobrinhas egípcias •

• Boa leitura •

- Princesa - Yunet pula com o cumprimento inesperado que surgira por dentre as árvores densas do novo jardim do palácio, ela se volta para onde a voz vinha a arrepiando inteiramente em seus pelos.

- Vizir, o que desejas? - ela suspira ao continuar procurando mais rosas para o banho de Nefertite que iria lhe ensinar a fazer uma coisa doída chamada, sabonete...que tipo de nome era esse? Ela disse que poderia se fazer com muita coisas o sabonete e rosas deixava tudo mais cheiroso, Nefertite se oferecera para ir pegar as pétalas, mas, Yunet não queria que ela perdesse o tempo em que poderia passar com o faraó estranho, ela parecia sempre tão eufórica e apaixonada quando o via passando no corredor, e ele sempre a parava para um beijo furtivo do qual ela sempre saía corada junto às suas vestes amassadas e ele...bem...com "aquilo" em pé.

Eles pareciam um casal recém-ajuntado, sempre se escorando pelos cantos e bobos um pelo o outro, era intrigante ver a forma como aquela mulher tão delicada amansava um homem tão...horrendo como aquele.

- Estava passando quando a vi aqui sozinha, pensei que fosse querer uma escolta - o loiro afirmava vendo a mulher de lindos cabelos escuros dar de ombros sem o responder de fato - onde estaria a concubina? - ele pergunta, mesmo sabendo de que ela e Ramsés estavam no templo juntos, oferecendo um sacrifício.

- Já sabes a resposta, diga o que desejas e se vá da minha presença - Yunet o corta sem emoção em sua voz, se recordando da cena em que vira mais cedo - aí - a mulher choraminga ao ver gotinhas de sangue saindo de seu dedo.

- Eu...princesa - ele se aproxima ao ver que ela havia se machucado - minha princesa, você tem um dodói - o loiro leva seu dedo aos lábios, retirando o espinho da pele de Yunet com os dentes e depois o dando beijos suaves para sarar.

Que situação, degradante, a mulher pensa ao tombar sua cabeça para o lado, que tristeza....que delícia...delícia? Ela encara o vizir beijando o seu dedo.

- Tá bom, se afaste, vizir - Yunet o empurra sutilmente com o dedo.

- Vou fazer isso para você, é perigoso demais para uma dama tão bela - o homem sorri de lado, e Yunet pisca seus olhos simplesmente o entregando a cestinha.

- Você é mesmo um adúltero, vizir, não quero que se aproxime de mim, eu sei bem como a realeza funciona, vocês tem relações com alguém em posição muito mais fraca, faz juras de amor e se no final for descoberto, então é a pessoa que levará o julgo - a mulher suspira realmente não querendo se encontrar em uma situação pior do que antes estava, ela sabia disso tudo, porque a sua mãe era uma escrava e ela teve relações com o rei, a rainha não gostou e sua mãe fora morta.

- Você acredita de que eu como um vizir estaria aqui pegando flores com as minhas próprias mãos se eu fosse um adúltero irresponsável? - o vizir questiona a encarando novamente.

- Ah...então você é um adúltero responsável - Yunet brinca sorrindo ao cruzar os braços, Abraxas respira fundo.

- Você tem uma língua muito afiada para uma princesa...gosto disso, majestade - o loiro sorri ao se aproximar de Yunet.

- Não não, vizir, eu gosto do meu espaço pessoal - Yunet o afasta com o seu braço estendido quando se encostou em uma pilastra dos portões do castelo.

- Princesa, eu adoro o seu espaço pessoal - beijos são distribuídos pela extensão do braço do mulher, até o seu ombro, Yunet morde seu lábio inferior, em busca de não ceder à aquela provação.

- Não faça isso, vizir, você é noivo, por favor - Yunet o pede mesmo sentindo aquela vontade absurda de o beijar alucinadamente, a boca dele era tão linda e seus olhos tão lascivos, que Néftis a concedesse muita força de vontade...muita mesmo.

- Eu não estou mais noivo, princesa, rompi meu ajunte com Druella - Abraxas a confidencia, Yunet se vê levemente perdida com aquela revelação, ele estava brincando com ela? Ele não faria isso, não mesmo.

- Não brinque comigo, vizir, não sou sua noivinha besta que tens prazer de um drama - Yunet desvia o seu olhar, entretanto, Abraxas a toca voltando seu rosto para perto do dele novamente...linda, tão...uau - não fique me olhando assim, parece um maluco - ela sente suas bochechas esquentarem...Deuses, ela parecia tanto com sua majestade naquele momento.

- Não estou brincando, minha princesa - um beijo suave em sua bochecha cremosa, Yunet prende o ar - findei meu ajunte com Druella, estou em suas mãos, minha princesa - outro beijo e Yunet se sentia queimando por inteiro.

- E...quem lhe garante de que eu o queira, vizir? Achas que você é minha única opção? - a mulher indaga vendo o homem parar seus movimentos, seus olhos horripilantes estavam sobre ela, Yunet sentia de que ela havia soado leviana em suas palavras.

- Eu, eu lhe garantirei de que serei sua única opção, minha princesa - Abraxas tinha sangue nos olhos, a mulher em sua frente, respirava com dificuldade, ele estava amendontrador naquele momento, ele que sempre parecia como um cachorrinho aos seus olhos, tão...oh não, Yunet, não pense nisso - você é toda - os braços fortes do vizir circulam sua fina cintura e Yunet apoia suas mãos em seus fortes bíceps, tão quente, que homem quente - minha, princesa Yunet, não há pessoa ou Deus algum ousaria a tirar de meus olhos - a mulher engole em seco quando os olhos azuis cinzentos dele encara seus lábios, em um ato automático, ela desliza sua língua pelo seu lábio inferior, dando sua sentença.

Os lábios macios de Abraxas colidem junto aos de Yunet, um beijo necessitado em que experimentava de sensações angustiantes pela sua descoberta, era um tesouro, Yunet era um tesouro escondido em que ele estava irracionalmente atraído, era assim que Ramsés se sentia com Nefertite? Como um louco que age por impulso, movido pelo desejo absurdo de consumar sua luxúria ao unicamente ter a mulher que o tirava do eixo ao seu lado.

Yunet suspira dentre o seu primeiro beijo, oh Néftis, ela nunca havia se sentido daquela forma, era um homem sensacional, entorpecente, ele a tirava de órbita, principalmente quando ele segurou em suas coxas e a levantou com seus braços definidos, a encostando com afinco na árvore atrás de si, beijos molhados e alucinantes eram depositados em seu pescoço sensível, oh suas mãos puxavam os cabelos sedosos do vizir, um suspiro e um choramingo saíram de seus lábios quando ele sussurrou o quanto ela era irresistível aos seus olhos e suculenta em seus lábios.

Era assim que Nefertite se sentia com o faraó? Perdida, necessitada e desmontada? Como uma menina carente que precisa daquele afeto para que possa ter os olhos dele voltados para si, ela queria aqueles toques apenas para si, apenas dela.

O vizir insuportável era todo dela.

• Aí eu adoro esse casal •

• Beijos da mamãe •

A Alma do Faraó - Tom RiddleOnde as histórias ganham vida. Descobre agora