Décimo Quarto

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• Boa noite, coelhinhos saltitantes •

• Boa leitura e não se esqueçam de comentar e votar •

Ramsés via tudo.

Ele presenciava a comprovação de que sua rosa era muito mais do que mostrava, o que ela não sabia sobre si mesma? O que escondiam para ela? Um poder surreal, sem um canalizador de poder, ela era...não poderia ser.

Sua rosa, ele não conseguia vê-la por completo, não sabia se estava bem, ou se ela se sentia amedrontada, Tom sentia o peso, o peso de se manter uma companheira como ela.

Era uma luz azul ofuscante e forte, o faraó tinha a plena certeza de que iluminava todo o palácio e ainda mais além de suas propriedades, custaria muito caro manter todos de boca fechada, mas, nada importava, ele pagaria tudo para tê-la em seus braços pela eternidade.

Ramsés tenta se aproximar, doía, era um campo de força que a sua rosa emanava de seu corpo caído no chão, ele sabia que não deveria se expor, ficou anos utilizando-a as escuras, ele não deveria agir pelas emoções, não como estava prestes a fazer...Seth o disse para não o fazer, ele estava desonrando ao seu patrono, ao Deus que o ajudou desde o início, o que ele deveria fazer?

A quem deveria adorar mais? Sua rosa do deserto? Ou o Deus que o protegeu até aquele momento? Quem era mais valioso?

O homem olhou para o céu, pedindo perdão, seus passos foram fortes e decididos, ele havia feito uma escolha.

Caminhando por entre o campo de proteção, a luz vermelha emanava do corpo do faraó, adentrando em contraste a cor azul da mulher, a mulher que levanta seu olhar, vendo-o se direcionar para perto de si, Hope o via em toda a sua glória radiando magia...ele era um bruxo, céus, o faraó era um bruxo e ela tinha a plena certeza de que já tinha conhecimento do fato.

Parando em sua frente, a luz vermelha faz a chama de Hope evaporar, sobrando apenas o seu vermelho vibrante, ele era um bruxo das trevas, sua magia se repelia quando a dele adentrava em contato, a ruiva não teve mais tempo de pensar, pois no segundo em que os pés do homem pararam em sua frente, Hope desmaiara, simplesmente fechou seus olhos derrotada quando seu corpo desligara pelo desgaste emocional, físico e mágico.

O faraó se abaixa, a pegando em seus braços com lentidão para que nenhum membro fosse brutalmente tocado, ele a elevou, se voltando para a saída de seu labirinto, o homem se desmaterializa reaparecendo na frente da porta do jardim, seus servos estavam ajoelhados quando o viram em toda sua imponência, segurando o corpo pequeno da sua futura concubina, suas servas acompanhavam os movimentos em relação a mulher profana.

- Meu faraó, me permita levar a mulher aos seus aposentos - a mais velha pede ao se aproximar do homem, que se volta para ela com seu ar de arrogância costumeiro.

- Não direcione sua palavra a mim se esta não for solicitada - Tom seguiu seu caminho, passando pelos servos do palácio, ele mataria todos e substituiria por outros, a rosa precisava estar segura, ele tinha que a manter o mais segura possível.

Os gritos de horror eram audíveis quando o faraó atravessou os seus salões onde ainda se ocorria a chacina, o faraó andava com sua garota até que a porta fora aberta e Abraxas saíra pela mesma, a fechando em seguida.

Sorrindo abertamente, o vizir se dirigia para perto do seu soberano, olhando para sua mulher, ela estava desfalecida? Ele não a culpava, o faraó era mesmo assustador, mesmo sendo seu companheiro desde que tinha cinco anos, Abraxas não o compreendia nem mesmo em sua metade.

- Está feito, irei me retirar agora, meu amigo - o homem se afasta ao sair pela entrada do palácio, indo para a sua residência pessoal, onde ele talvez pudesse visitar seu alguém especial.

O faraó continuava seus passos para longe do palácio, do outro lado, onde um cômodo em volta de cortinas brancas cobriam graciosamente seu interior.

Ramsés a levou para seu cômodo pessoal onde ele se retiraria quando fosse se reunir com seu vizir, o palácio estava impuro e ele não poderia passar a noite dentro se quisesse ter uma união sólida futuramente.

Ele a conduz para se deitar em seu colchão feito de penas, era macio como nunca, assim como as almofadas que o cercavam em todos os cantos.

Tom a deita, retirando seus calçados, a deixando apenas com suas vestes brancas tão belas, ele a analisa por inteiro, por Seth, ele nunca vira nada tão belo em sua vida, ela era insuportavelmente magnífica, dormindo suas feições eram tão tranquilas que ele facilmente acreditaria de que ela estava tendo os melhores dos sonhos.

Se sentando na ponta da cama, o faraó estava cansado, retirando suas próprias vestes, ele enfim se deitou ao lado da mulher, que era sua preciosa rosa, a segurando em seus braços, sentindo da brisa noturna, oh que bela noite, ele iria dormir de verdade.

Seu cérebro adormecera quando sentiu as mãos pequenas recorrerem ao corpo dele, o abraçando, era  bom, dormir acompanhado era bom...então por que não era permitido? A mulher nunca deve dormir no mesmo cômodo que o faraó, o faraó deve dormir sozinho sempre.

Os dois sorriam ao ver os seus pequenos, dormindo como os dois amantes que nasceram para ser.

- É uma boa garota - o Deus beija os cabelos da sua linda deusinha, que sorri corada com as carícias de seu querido.

- Sim, ela é a melhor garotinha - a Deusa responde orgulhosa, segurando a mão do seu conjugue e desaparecendo por entre a paisagem.

Era de manhã quando Hope escutou o canto dos passarinhos, sentiu um ventinho gostoso a tomar e principalmente sentiu a quentura de um grande travesseiro a pressionando dos dois lados do seu corpo...travesseiro? Abrindo seus lindos olhos verdes, ela se depara com a muralha de músculos, tão quentinho pela manhã, a ruiva se apertou mais a ele, que gostoso, ele era tão bom e tudo era tão sólido, a mulher se grudava mais a ele, quando a mão grande a puxou em direção a ele, Hope se assustara e o homem sorrira de olhos fechados...era sua rosa.

• O que acharam? •

• Beijos da mamãe Nicole e até o próximo •

A Alma do Faraó - Tom RiddleWhere stories live. Discover now