Décimo Quinto

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• Boa noite, gatinhos egípcios •

• Boa leitura e não se esqueçam de comentar e votar •

Hope se afasta brevemente do homem, se sentando na cama, tentando assimilar sua situação, ela estava deitada ao lado dele...o homem que...agora tinha ao menos dez mulheres para suprir seu ego.

- Estúpido - a ruiva o xinga baixinho balançando seus pés, a cama era alta e ela não via a hora de sair correndo para longe daquele lugar, ou o esbofetear como ele merecia ser esbofeteado.

- Quem está xingando de forma tão baixa? Espero que seja a mim, gosto de ser o único a povoar vossos pensamentos - a voz grossa e rouca por ter acordado há pouco tempo, a mulher estremece, pobre Hope, a mão grande e possessiva, a puxa para dentro da cama novamente.

- Tu mesmo, seu...seu...hm - ela bufa irritada e a risada gostosa do homem arrepia seus pelinhos e Hope se mantinha de costas para o homem.

- Se volte à minha pessoa e diga em minha face, rosa do deserto - ele a desafia e ela se volta para ele, o encarando com suas sobrancelhas franzidas, seu sorriso prepotente, sua mão quente acariciando a bochecha de Nefertite, ela tira sua mão e vira seu rosto para outro lado emburrada - o que te deixais aborrecida, venha, explique-me, Nefertite - Ramsés se divertia com a situação, alguém que expressava sua irritação com ele, era bom, ela não estava contente, ele gostava disso, de ter alguém com autonomia para não achá-lo perfeito.

Hope se aproxima se sentando sobre sua cintura, com os braços cruzados em seu peito, ela não iria ceder tão fácil assim, se é o que esse gostoso pensa...oh não, ela cora com o seu pensamento pervertido em uma situação como aquela.

- Olhe para mim, concubina, diga-me o que lhe incomoda - Tom sorria ao subir e descer suas mãos nas coxas branquinhas dela, eram macias como um tecido de um dos reinos em que ele passara uma vez, aquele tecido iria fazer jus a pele delicada dela, a faria parecer uma rainha, ele pediria aos mercadores para atravessar as fronteiras e negociar o tecido com várias medidas de laço para que muitas vestes fossem feitas de diversas cores para adorna-la.

- Você, seu faraó de...meia tigela - Hope exclama irritada o sentindo acender uma chama dentro de si com o toque de suas mãos...tigela...o que era uma tigela? - você me fez esperar por - lágrimas brotavam de seus olhos e o moreno passara a ficar preocupado, lágrimas de sua rosa, Hope se detestava naquele momento, ela não conseguia brigar com alguém, sem chorar no processo e perder todo o raciocínio - seu...hm...homem irritante e malvado que me engana e me magoa - Hope chorava e Tom não sabia o que fazer para que ela não chorasse mais.

- Minha rosa, bata-me se for necessário, se foi razão minha, me faça sua vingança - Ramsés propõe e Hope o encara sem entender, mas, logo estica sua mão em direção ao rosto belo do homem, os olhos vermelhos tão atraentes, ela queria bater nele, queria descontar sua raiva nele, sua mão sequer se moveu, limitadamente se colocou com gentileza na face macia de seu companheiro.

- Não consigo....você, não quero bater em sua face, não ofereça mais sua face, ela é...linda - Hope sussurra envergonhada, o faraó sorria ao segurar sua mão e levá-la ao seus lábios, dando um beijo delicado em sua palma.

- Sempre oferecerei minha face, se erros eu cometer com minha Nefertite - Ramsés segura o rosto juvenil da ruiva, ela suspira revezando seu olhar entre os olhos e os lábios de Ramsés, ele era tão tentador, tão magnético para o corpo dela, ela o queria sempre que estivesse ao seu lado.

- Você é tão bom - Hope sussurra quando seus lábios foram tomados pelos furiosos do homem abaixo de si, algo explodia dentro de si, como fogos de artifício que brilhavam nos seus olhos.

O ósculo perfeito, onde ambos se entregavam ao prazer do jogo da paixão, as línguas se roçavam sem pressa, as mãos dele seguram o rosto fino de Hope, que delícia, sua Nefertite era deliciosa.

Se separando, Ramsés s morde sutilmente, puxando seu lábio inferior entre seus dentes, ele a queria devorar, e os lindos olhos verdes estavam tão brilhantes que ele duvidou se ela fosse real ou um fruto de sua imaginação.

- Diga-me, Nefertite, o que tanto lhe incomoda - o faraó deixava pequenas mordidinhas em sua pele de porcelana, viciado nos tons de vermelho em que surgiam.

- Eu fiquei magoada com você, eu não quero ser sua concubina, Ramsés - Hope o responde, ela verdadeiramente não queria algo assim, de segunda ele seria dela, mas, e os outros dias? De outras dez, isso até mesmo a dava nojo.

- Então - o homem a abraça, deitando seu tronco pequenino em seu peito, onde ela deveria estar - desejas ser minha rainha? - Tom acariciava seus fios ruivos, encantado com os fios belíssimos.

Hope se assusta, rainha? Claro que não, ela não poderia ser rainha em hipótese alguma, aquilo era apenas para mulheres escolhidas pelos sacerdotes que seguem aos Deuses principais do Egito, seria uma blasfêmia se ele a elegesse como rainha.

- Não, de forma alguma, isso nunca vai acontecer - Hope o responde exasperada e Ramsés se zanga, era tão insultante para ela, ser sua rainha? - sabe que não posso ser rainha - ela ameniza o estrago e ele ainda não aliviara suas expressões faciais.

- E por que não? Eu posso fazê-la minha rainha agora mesmo, sem uma cerimônia, basta apenas conectar meu sangue ao seu e os unir no templo - Ramsés acariciava seus cabelos, os levando para perto de seu rosto, sentindo seu cheiro.

- Sabes que não se deve, eu sou como uma maldição ao seu território, me matarão por estar incrustando o faraó com minha magia das trevas...eu...apenas quero ficar longe disso, me deixe sair daqui, eu serei um problema para você - Hope o pede e o homem a gira em seu próprio eixo, a deixando embaixo de seu corpo másculo.

Ramsés estava furioso, verdadeiramente furioso.

- Nunca digas algo tão maldito, você é um presente divino, desde a primeira vez que a vi, Nefertite, senti que você me pertencia, serás  minha concubina se não o queres ser rainha, todavia, saiba - ele segurou seu queixo sem força, apenas para que aqueles olhos verdes tão teimosos o encarassem - eu nunca a deixarei fugir dos meus braços, esse palácio à pertence, rosa, viva nele, gaste moedas, saia, replanejes todos os cômodos, arranje outros afazeres, mas, nunca...nunca, Nefertite, nunca partirás - o faraó se levanta do corpo da mulher que se encontrava devastada no momento e seu coração...ah seu coração pulsava com tanta força que ela pensou que ele iria romper sua pele e seguir o homem que saira da tenda luxuosa em que se encontrava.

• O que acharam? •

• Beijos da mamãe Nicole e até o próximo •

A Alma do Faraó - Tom RiddleWhere stories live. Discover now