Quinquagésimo

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Olá olá, minhas cobrinhas

Boa leitura e até os comentários

- Venha aqui, majestade, deixa eu ver o estrago - Yunet a pede a chama com a mão abrindo lentamente seus dedos para ver se já estavam vestidos - você não, Ramsés, a majestade - ela o enxota com a sua mão, o homem a encara descrente, enquanto Nefertite continha seu riso com as mãos sobre seus lábios.

- Eu sou o faraó, dama de companhia - ele a responde altivo dando um nó nas vestes de Nefertite para que a roupa se matesse, Yunet sente sua pressão cair, era tão caro, minha nossa, ele era algum vândalo?

- Eu sei, e ela é a esposa real, sua dama de companhia é o meu marido, se contente - a mulher vê a danificação em sua obra prima de horas, e isso que ela foi apenas pegar os sapatos e o bracelete...certo, ela dera uns beijos em Abraxas, ela confessa.

Ramsés a encara seriamente quando virara de costas, uau, os três contemplam...marcas de unhas e sangue seco pela sua extensão, Nefertite corara ao tentar cobrir suas costas, o homem nada entende de imediato, rindo logo após a segurando e a dando um beijo.

- Não se preocupe, eu também a marquei com meu cheiro - o homem a assegura deixando a ruiva ainda mais vermelha.

- Você pode ir agora, Ramsés, já estamos transando mesmo - a ruiva afirma apressadamente, logo notando os olhos esbugalhados do homem, ouvindo a tosse desencadeada em Abraxas e o arfar de Yunet - O-oque? - ela aperta seus dedos em nervosismo.

- Já...estamos transando? - o riso de Ramsés reverbera pelo local enquanto Nefertite queria avidamente se esconder pela vergonha, ela havia dito aquilo?

- Eu disse atrasando, você que entendeu errado, seu faraó de quinta, você está muito novo para estar surdo - ela empina ao caminhar para perto de Yunet - vamos, Yune, tenho que me arrumar para casar com esse velhinho gagá - a mulher caminhava irritadiça de volta para o seu próprio cômodo pessoal, surpreendida ao sentir braços em sua cintura e um beijo em sua bochecha.

- Minha rainha do Egito, perdoe esse velho faraó, quero ver um sorriso em sua face no nosso matrimônio - o homem a pede, dando beijos carinhosos em seus cabelos, o sorriso dela fora de imediato.

- Seu bobo, eu estava só brincando, meu faraó - ela o conforta com um beijinho em seus lábios - agora vai se arrumar, que eu quero ver você lindo para mim - a ruiva o beija pela última vez ao se despedir com um tchauzinho.

As duas partem juntas enquanto Yunet a repreendia pelos seus atos libidinosos antes do casamento, Jade estava ao seu lado, ela havia encontrado Scar que a dera uma lambida antes de correr para perto de Ramsés.

- Está pronta, vossa safadeza - Yunet brinca vendo as bochechas de Nefertite ganharem o tom avermelhado e receber um peteleco da mesma em sua testa - ok, eu não vou falar mais nada - a mulher ri ao conduzi-la para fora do seu quarto, após meia hora em que ela correra para arrumar a mulher, ela estava vestida em suas vestes vermelhas, ela decidira mudar, colocar a cor dos olhos de seu amado.

Caminhando com Yunet, Nefertite que antes era Hope, refletia, tudo mudaria, ela sabia que a partir daquele matrimônio ela não seria mais uma simples namoradinha do faraó que ficava destinada apenas para entretê-lo, ela iria se responsabilizar pelos palácios tanto dos servos quanto das finanças, pelas comemorações, pela recepção de estrangeiros e cuidado com os templos, uma rainha, uma esposa real.

Ela respirava fundo ao parar em frente a porta dos fundos do palácio, era uma decisão, uma decisão que traçaria seu destino para sempre...sorrindo, ela as permite de serem abertas, ele estava ali, no final do caminho aberto entre as árvores de rosas do deserto, e, com uma túnica verde, a cor de seus olhos.

Nefertite queria correr até ele, tão lindo, seu amor brilhava em meio aos raios de sol brilhando em sua volta, como uma divindade, ela caminhava até ele, ele tinha um sorriso, um largo sorriso.

Não havia ninguém, apenas eles, o vizir e sua esposa e o sacerdote, era o momento deles, apenas eles, assim como seria pela eternidade em que passarão juntos.

Sua alma vinha até ele, sentindo seus joelhos fraquejarem, ele a viu em sua gloriosa personificação divina, aquela mulher, era sua deusa, a sua melhor escolha, lindos cabelos de fogo, imaculados olhos verdes, pele clara como o algodão mais puro, aquele sorriso caloroso que o preenchia, ele era vazio, mas, ela, ela o preenchia por inteiro, ele poderia morrer naquele momento, ele a tinha, sorrindo, ele não se continha, sua esposa, céus, ele vibrava com aquela visão.

Ele a amava, a amava como nada nessa vida, tudo nela, a forma como ela o amava, como ela cuidava dele, como ela o tocava, ele sabia, sabia que nunca seria merecedor daquela, daquela, ele nem sabia como nomea-la.

Ramsés sentia o mundo parar enquanto ele a observava caminhar, seu coração saltava e seu estômago revirava, uma lágrima de seu lindo olho vermelho e ele a estende sua mão para que viesse até ela.

Nefertite derramava lágrimas ao segurar a mão em que nunca mais soltaria, ele a levou até seus lábios um beijo delicado, os dois sorriam, seus corações batiam em sintonia.

- Nada nunca alcançará a beleza daquela que em sua totalidade a possuí - Ramsés sussurrou ao beijar sua testa, se voltando para o sacerdote, ele tremia ao olhar para o faraó, Nefertite o encara divertida, ah Ramsés, sempre tão malvado.

- Unindo hoje em nome do casal celeste todo poderoso - o sacerdote dizia algumas palavras necessárias para a unção dos dois, a mulher segurava os dedos do faraó, aqueles em que sua mão conseguia segurar, era um momento perfeito, eles nada ouviam, apenas se observavam em silêncio, ele abre seus lábios em silêncio a dizendo "eu amo você", "minha alma", ela sussurrava para ele "eu te amo, meu faraó" - Se voltem um de frente para o outro, enlaçados pelos fios do destino de Hemsut - um fio vermelho é colocado em volta dos pulsos dos dois, entrelaçados com a interligação no dedo anelar - eu os uno como apenas um e assim seja perpetuado até que vossas almas atinjam a morada dos mortos - o fio é desfeito e assim ambos se beijam, os braços em volta do pescoço do faraó e os dele em sua cintura, ela sabia que beijos não eram comuns, mas, ela não se conteve, precisava beija-lo como em um clichê, sua perna elevada atrás de seu corpo.

- Seja bem-vinda ao seu lar, Nefertite, rainha do Egito e do meu coração...meu único amor - o faraó a confidência contra seus lábios, a mulher sorria acariciando seu rosto com cautela.

- Eu prometo, prometo cuidar de você todas as noites, amar você mesmo quando não tiver motivos para fazê-lo, prometo ser seu refúgio quando cansar, prometo ama-lo sem medidas pelo resto de nossas vidas, meu único amor - Nefertite sela seus lábios mais uma vez, ela sente algo em seus cabelos, se separando dele...pétalas, pétalas de rosas do deserto voavam sobre o jardim e sobre eles, ela sorri, pois ambos os avistam mais ao longe.


Beijos da mamis


A Alma do Faraó - Tom RiddleOnde as histórias ganham vida. Descobre agora