Trigésimo Primeiro

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Olá olá, cobrinhas •

• 3/8 •

• Boa leitura •

- Segundo as ordens divinas passadas pelos antigos para nós - a mulher loira não se sente falhar ao buscar seu raciocínio novamente - a herdeira da maior casa tem por direito a ação de um enlace matrimonial com o faraó vigente, caso ele não possua uma rainha autorizada pelo divino...eu fui descartada pelo meu antigo noivo e todos sabem o quanto eu fui bem preparada pela melhor criada para ser a mulher ideal do vizir - Druella aponta para o homem loiro parado atrás do trono com Yunet ao seu lado, ele tenta toca-la, mas, ela nega com a cabeça, aquele não era o momento - ele que era um homem muito presente em meu viver - uma postura tão...infantil, Hope a encara dos pés a cabeça, uma criança - repentinamente, ficara distante, eu que não compreendia, quis aproximar-me do meu noivo tentando resolver nossa questão pessoal, mas, nada adiantou, tudo piorou e então eu pude entender o motivo, seria muito triste para você majestade - Druella coloca uma mecha de seus fios atrás de sua orelha - todos sabemos qual a consequência de uma traição quando se é alguém importante para o faraó, sua punição pode ser a morte e...eu como uma boa mulher da sociedade, não queria isso - ela chorava, falsamente, ainda sim, chorava - não queria denunciar dessa forma, mas, não me resta escolhas...a concubina, ela está mantendo um caso com o vizir em sua própria casa majestade - um silêncio horrível se instalou e então o falatório, todos discutiam avidamente enquanto os quatro presentes no alto do trono, se mantinham em silêncio com suas feições sérias.

- Além de que - ela finge estar corada - a concubina é a figura do maldito para nós, faraó, nunca que seus súditos aceitariam tamanha ofensa aos deuses, nós seríamos deixados, eles não estariam satisfeito...seus cabelos são da cor do maldito, sua pele da cor das bruxas canibais e sua estatura de uma pessoa mal desenvolvida, daquelas cujos os pais descartam em rios, os oferecendo aos deuses como sacrifício, você - as portas novamente se abrem, e dessa vez era Evan Rosier quem adentrava o salão, altivo e reverenciando ao faraó e a concubina, frisando seus atos em duas reverências - majestade, quem não garante de que vossa majestade, o faraó, não esteja sendo enfeitiçado pela bruxa maldita? Majestade, ela já profanou vossa casa e vosso altar com sua traição, o povo não mais a aceitará nem sequer como vossa concubina, creio de que um casamento real seria o mais inteligente a se fazer para que todos nós possamos nos sentir abençoados novamente e assim podeis livrar a vida da concubina, majestade, eu estou revogando essa assembleia para que eu possa assumir o trono em que de fato, me pertence e ainda sim, ajudar a jovem concubina - a loira finda seu discurso, se assentando com elegância em seu lugar.

- Todos estão de acordo com o posicionamento de Druella Rosier? - Ramsés indaga preguiçosamente para os sacerdotes e nobres presentes no salão.

Os sacerdotes levantam vossas mãos e nenhum membro da nobreza ousam realizar o mesmo ato, Evan Rosier levanta sua mão, olhando para o faraó:

- Eu protesto contra essa alegação - Druella o encara descrente, era sua única família - desejo ouvir a versão da concubina - o loiro se senta novamente enquanto todos os nobres concordavam com a cabeça.

- Vá, minha rosa - Ramsés a instiga sussurrando baixo para que ela o ouvisse, Nefertite se levantou de seu lugar, descendo aos pés do trono, onde todos podiam vê-la.

- Como todos possuem o devido conhecimento, sou Nefertite, a concubina do faraó Ramsés - Hope joga seus cabelos ruivos em suas costas, com um sorriso em seus lábios - Bom, iniciarei meu monólogo com sua primeira pontuação, uma lei divina da qual você citara com muita certeza de que de fato, era o transcrito pelos escribas com a lei instaurada perante as exigências do Deus solar, todavia - Nefertite gesticulava com graciosidade enquanto seus passos iam e e vinham, todos a acompanhavam e se esforçavam para ouvi-la, Nefertite não elevava seu tom de voz, era baixo e sem alterações significativas - eu como uma mera maldição enviada às terras do Egito, tenho o verídico conhecimento de que o faraó - ela mostra Ramsés em seu lugar, Jade e Scar estavam prostrados mais atrás de Nefertite - não fora abençoado pelo Deus solar e sim, por Seth, um Deus considerado um guerreiro invencível, logo, as leis instauradas pelo Deus solar, se tornam nulas quando a vontade de Seth se torna a única a ser obedecida, ou vocês tem a credibilidade de enfrentar a fúria de Seth em uma discordância de seus mandares ao sumo sacerdote que é o faraó? Diga-me quem seria a alma sem méritos que o enfrentaria em seu julgo - a ruiva analisa todos os sacerdotes, que parecem não a encarar de volta - portanto, Druella Rosier, sua revogação se torna inválida, pois mediante as leis de Seth, o faraó decide o que ele deseja para a sua fortuna longínqua - Nefertite tinha seus olhos perigosos sobre a loira, ela ainda não havia acabado...ela iria esmaga-la - visando esse cenário apresentado, temos seu recém abandono - ela leva sua mão aos seus lábios como se estivesse assustada - seu findar em seu contrato matrimonial, interessante seu apontar, afinal, já que citaras, todo o conjunto de leis solares, creio que deva ser de seu conhecimento aquela em que afirma com prudência, que toda a acusação perante a casa real deve ser atrelada a provas concretas onde seu julgo possa ser viável e não invalidado por falta de provas, então, eu a indago, Druella Rosier - ela toca as mechas loiras da mulher - onde estão suas provas? Onde guardou suas testemunhas? Ou acha que sua cabecinha servirá para algo? Eu posso arrancá-la então levá-la como prova, mas, aí infelizmente você já não estaria mais entre nós para que possa vir a visualizar o resultado de sua acusação dentre assembleia política - seu dedo percorre a bochecha da loira e ela se afasta - então, Druella, o quanto sem chão você se sentiu quando o vizir assinou os papiros? Você se sentiu tão desesperada que a primeira coisa em que fez foi revogar um posto em que nunca à pertencerá?- a mulher bate sua mão sobre a mesa onde um dos maiores sacerdotes estava assentado - eu sou uma maldição ao Egito? Eu? Uma mera mulher que foi blasfemada em frente à assembleia do meu faraó? Por acaso não se recordam da própria lei onde afirma que qualquer ofensa realizada à uma mulher do faraó, é como se fosse ao faraó em que estará blasfemando? Meus cabelos? Minha estatura? Minha pele? - a risada gostosa dela fora ouvida e eles não notaram quando uma sombra escura pendia sobre o salão principal - é interessante o quanto me julgam na mesma constância em que me desejam, olhos luxuriosos eu reconheço à quilômetros, mas, a minha sorte é que o melhor dos homens me fora dado, pois eu tenho certeza de que todos estão me repudiando com os lábios, os olhos? Esses nunca mentem, meus caros, agora me digam...o quão ruim é ver uma mulher belíssima e saberem que nunca poderão tocar, porque ela pertence ao faraó do Egito, aquele em que nunca a julgou? - Nefertite sorria ao se voltar para as senhoras da assembleia, ela estava novamente cansada - minhas nobres damas da realeza atuante egípcias, como se sentem sendo representadas por uma jovem que mal conhece suas leis e responsabilidades? Vocês que possuem o direito de atuar na política e direito ao divórcio, como se sentiriam se após um pedido como esse vocês perdessem tudo porque o meu faraó não confiaria mais em mulheres para liderarem? Os seus maridos barrigudos e feios assumiriam, o quão satisfeitas vocês se sentiriam ao ve-los governando o que é seu por direito? Bom, eu certamente me sentiria ofendida pelo resto da minha vida - Hope se volta novamente para o faraó - sou uma mulher muito paciente - o sorriso em seu rosto fora o suficiente para que Ramsés soubesse de que ele não deveria interferir, ela sabia o que estava fazendo e estava o fazendo deliciosamente bem.

- Tão paciente que primeiro expliquei meu ponto, bom, se tem algo em que levo em minha vida, é que se você não está comigo, então está contra mim...não lamento, como ela o disse...é a lei - Nefertite havia arrancado a cabeça de Druella Rosier, seu corpo pendia sobre a cadeira, sangue para todos os lados - "quando seu acusador lhe lançar provas inverdadeiras, arranque sua cabeça para que ele agora os lance no mundo dos mortos" - ela cita o código de leis e todos estavam assustados, principalmente quando a mulher caminhara até o sacerdote de mais alto escalão com a cabeça sendo levada pelos cabelos - você não estava com ela quando me acusastes, sacerdote? Lembre-se deste dia, o dia em que sua majestade lhe mostrara misericórdia perante seus atos impuros contra vossa majestade - ela colocou a cabeça da loira sobre as mãos do sacerdote.

- QUE ESTEJAM TODOS ENTENDIDOS - a voz animalesca do faraó ressoa por todo o salão principal enquanto a concubina subia os degraus lentamente com sangue banhando suas vestes de ouro puro - SE QUALQUER MÍNIMO SINAL DE HOSTILIDADE FOR MOSTRADO CONTRA MINHA ESPOSA, SEU CASTIGO O SERÁ PIOR DO QUE EMPALAMENTO E A MORTE, ESTEJAM TODOS COM OS OUVIDOS ATENTOS, É A ÚLTIMA VEZ EM QUE DAREI MINHA PALAVRA - ele beija o dorso da mão de Nefertite, se retirando com a mesma e os filhotinhos que antes se encontravam em silêncio, agora devoravam a carne do corpo morto - está cansada, minha rainha? - o faraó a pega em seus braços, carregando Nefertite para fora.

Todos estavam em choque, Nefertite era oficialmente a esposa de Ramsés, O Cruel.

• Eu amo esse casal •

• Beijos da mamãe •

A Alma do Faraó - Tom RiddleWhere stories live. Discover now