Quadragésimo Oitavo

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Olá olá, cobrinhas

Boa leitura e até os comentários

Nefertite abrira seus olhos, sentindo de algo a lambendo, ela sorriu acariciando os pelos sedosos de um de seus bebês enormes, era Jade quem estava ao seu lado, a lambendo e ronronando para a mulher, a sua mamãe.

- Bom dia, Jade filhote - a ruiva a abraça carinhosamente, acariciando seu rostinho de bebê - parece que seu papai e seu irmão fugiram de nós nessa manhã, estou certa, neném da mamãe? - indagando a leopardo grunhe em algo em que parecia tentar soar em uma resposta para a mulher - céus, que adorável, muito adorável - ela a abraça ainda mais forte.

- Bom dia, minha majestade - a voz de Yunet se faz presente em seu cômodo, Nefertite se assusta brevemente pela interrupção - perdão, perdão, majestades - a mulher se desespera ao ver as presas de Jade saírem para sua visão.

- Ora, não foi nada, não é, Jade neném? - a ruiva sorria abertamente para a amiga ao acalentar sua pequena filhote que ainda sim, encarava Yunet desconfiada.

- Certo, majestade, vou dar um abraço nela, Jade, tá? - ela se aproxima lentamente de Nefertite, a abraçando fortemente - eu senti tanto a sua falta, minha nossa, majestade - Yunet beija suas mãos - todos sentimos muito sua falta - ela se sentou ao lado de Nefertite em sua cama, Jade deita sua cabeça nas pernas de Yunet, ela esbugalha seus olhos com o ato, se voltando para a rainha - o que eu faço? - questiona em um sussurro para sua amiga.

- Hm, aproveite e faça um carinho - Nefertite leva a mão de Yunet ao pelo de Jade, a acalentando em toques sutis - muito bem, agora me diga o que veio à fazer aqui se pelo que eu saiba, a madame está muito bem casada - a ruiva a cutuca com seu indicador, Yunet cora fortemente desviando seu olhar.

- Bem...eu...eu, olha, como a senhora pode saber? - a mulher a cutuca de volta, recebendo do riso fácil da mulher.

- Ora, era óbvio de que o vizir fofinho iria casar com você, ele te secava tanto que eu pensei que não sobraria água em seu corpinho, Yune - Nefertite dispara maldosamente para a mulher que a encara assustada, se jogando sobre a mesma.

- Majestade, você está ficando pior que o seu faraó, uma cobrinha venenosa - Yunet a faz cócegas, as duas riam enquanto um certo alguém estava parado em frente à entrada do cômodo.

Sorrindo ele escutava o som daquela risada tão alegre, ela era a alegria dele e de toda a sua casa, os dois estavam parados escutando o riso de suas mulheres, elas só eram verdadeiramente felizes quando a outra estivesse junto.

- Vamos, majestade, minha Yunet estará cuidando dos detalhes com a sua futura esposa - o vizir corado o chama prevendo levar um sermão se sua mulher o visse ali, ela era muito...incrível.

- Certo - ele se vai, assoviando uma melodia qualquer, ele até mesmo sorria para Abraxas, o vizir também sorria, no final, agora o faraó poderia viver em paz - sabe que você é mais do que meu vizir, não sabe, Abraxas? - o homem imponente o diz ao provar sua túnica vermelha.

O vizir engasga com a própria saliva, ele estava delirando? O homem se questiona ao se voltar para o faraó, seus olhos brilhando como uma criança que ganhara seu doce preferido.

- Eu...nós somos amigos, vossa majestade? - o loiro o questiona eufórico, o faraó revira seus olhos com tal coisa.

- Pense o que quiser - ele diz sem dar muita importância para tal coisa.

- Ou melhor, somos irmãos? - o loiro o questiona cutucando o braço forte do homem, os seus olhos vermelhos se voltam para ele.

- Se você deseja morrer de imediato, pode ser meu irmão - o loiro esbugalha seus olhos, se afastando.

- Não não, amigos tá ótimo - ele limpa a garganta, como Nefertite gostava tanto dele? Só porque é bonitão, musculoso, inteligente, forte, bom lutador e um líder exemplar...certo, eram bons motivos.

- Eu estou aqui, majestade, bem, porque hoje é o dia do seu casamento - Yunet a diz quando ambas param de rir e Nefertite se espanta...o que? - vossa majestade arrumou tudo nessa madrugada, bem, o coitado do Abrax está sem dormir desde às duas da madrugada porque seu marido age como um louco apaixonado...é tão fofo - a mulher sorri boba, assim como Nefertite sorria abertamente - então, ó grandiosa Nefertite, você está pronta para se tornar a esposa real, a rainha do Egito? - Nefertite sorria emocionada, céus, parece que tudo o que ela sabia fazer era chorar agora.

- Claro que sim, eu esperei séculos para isso - a ruiva sorria ao pular em suja cama junto de Yunet e Jade - Deuses, eu vou me casar...EU VOU ME CASAR - Nefertite grita animadamente, não acreditando que ela estava realizando tal coisa, ela que pensara que morreria sozinha...ela tinha alguém que a amava e ela também o amava.

- Muito bem, noiva, vamos aos nossos preparativos, que uma grandiosa rainha tem direito á tudo o que desejar - a mulher grita para que alguém entre e assim servas e mais servas adentram ao seu quarto com joias e tecidos da melhor qualidade.

Nefertite tomara um banho com sais, pétalas de rosas do deserto, massagens com óleos de essência, seu cabelo fora escova e deixado liso com uma técnica em que as egípcias usavam em suas perucas, ela estava impecável, extremamente bela quando se olhara no espelho, nunca se vira tão bonita em toda a sua vida.

- Vou deixa-la aqui, rapidinho, majestade - Yunet afirma ao adentrarem uma das salas de repouso do palácio - eu esqueci de pegar seus sapatos e o bracelete - a mulher se vai enquanto Nefertite se entretia com o labirinto de cortinas, era interessante.

- Feiticeira - ela se voltou para onde vinha a voz grossa e arrastada que ela tanto conhecia, desesperada por vê-lo, era assim que a ruiva se sentia.

O encontrando, por...nossa, ele estava tão, tão...ela não soube descreve-lo em sua túnica vermelha com bordas de ouro puro, braceletes em seus braços, anéis em seus dedos, um colar de ouro em seu pescoço e o delineado em seus olhos...de tirar o folego.

- Ramsés - ela correu até ele, se jogando em seus braços, sem se importar, ela só queria ele e sua beleza divina.

- Minha rosa do deserto - Ramsés acariciava seus cabelos alisados - estive esperando uma vida toda por você, estive morto por anos esperando por você - o homem sussurrava contra os lábios da ruiva, segurando o rosto delicado da mulher, os dois se olhavam.

Vermelho no verde, a calmaria e a fúria, dois opostos que se complementavam e se consumavam por inteiro.

- Eu, não procurava por amor até lhe encontrar, meu faraó, eu morri muitas vezes para te encontrar, uma vida toda sem amor até te encontrar, Tom - Nefertite professa antes de tomar os lábios volumosos do homem para si, com paixão, os dois queimavam como duas chamas que se juntam e formando uma só, forte e muito quente.

Ah gente...amo tanto esse casal

Beijos da mamis

A Alma do Faraó - Tom RiddleOnde as histórias ganham vida. Descobre agora