Capítulo 30

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Anastasia

A luz do sol me desperta dos meus sonhos molhados com o meu marido. Estendo a mão para o lado dele na cama e sinto o calor de um corpo próximo ao meu. Abro meus olhos e olho para Christian, que ri da minha cara. Ele estava à vontade numa calça de moletom folgada e sem camisa, o computador no seu colo.

— Bom dia, baby. — ele sussurra caloroso e esfrega o polegar nos meus lábios. — Dormiu bem?

— Praticamente desmaiei. — dou um suspiro de falso pesar e chuto os lençóis para longe. — Mas minhas costas estão me matando.

Ele franze o cenho e fecha o notebook, jogando-o no divã ao lado da nossa cama.

— Ache uma posição confortável, então. Vou te fazer uma massagem.

Deus, que homem maravilhoso.

Deito de barriga para baixo, jogando meu cabelo para o lado.

— Ana...

— Tudo bem, Christian. Até o quinto mês a gestante pode ficar de bruços sem problemas, não vai machucar o bebê.

Ele parece incerto no início, mas se dá por vencido. Sinto um óleo cheiroso pingar na minha pele e rapidamente suas mãos estão fazendo a mágica mais espetacular do universo.

Um suspiro satisfeito ressoa do fundo da minha garganta e escuto uma risadinha dele.

— Acho que as atividades de ontem deixaram seus músculos um pouco tensos, dea.

— Concordo, senhor Grey. Mas a culpa é do meu marido, ele é insaciável.

Suas mãos param na altura da minha lombar e ele se inclina sobre mim, mordendo o lóbulo da minha orelha.

— Insaciável, é? Eu ousaria dizer que ele é um bastardo sortudo.

— Isso também, com certeza.

Ele ri novamente, coisa que tem ficado cada vez mais comum vindo dele. Os sorrisos de Christian são únicos, um mais lindo que o outro, mas todos eles aceleram o meu coração em igual medida.

— Eu tive tanto medo de não te encontrar. De não conhecer o nosso bebê. — a alegria de antes é rapidamente eclipsada. — Só as coisas mais ruins passavam pela minha cabeça, Anastasia.

Saio da posição deitada e me sento no seu colo, meus dedos afundando no seu couro cabeludo.

— Eu fui uma idiota, Christian. Casamentos não são fáceis, eu sei, mas precisa haver confiança para funcionar. Você confia cegamente em mim mas eu não fiz o mesmo com você e me sinto péssima por isso mas eu prometo nunca mais fazer nada parecido. — ele sorri minimamente e uma sombra de lágrimas brilha nos seus olhos.

— Eu não quero te forçar a nada, Anastasia. Nosso casamento não é uma gaiola. Se algum dia você quiser ir embora eu não vou proibir, mesmo que me machuque até os ossos. Eu só quero a sua felicidade e bem estar, mais nada. — traço linhas imaginárias pelo seu rosto bonito e beijo seus lábios com carinho.

— Eu não quero ir a lugar nenhum em que você não esteja, Christian. Eu te amo muito, nunca duvide disso por favor. E quanto a gaiola, eu gosto dela. Me sinto protegida e amada, sem falar que ela é toda de ouro e encrustada com diamantes.

Ninety Days Where stories live. Discover now