Capítulo 6

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Anastasia

O sol já estava brilhante quando meus olhos se abriram. Uma mão pesada descansava na minha cintura, apertando a minha carne com força. Virei a minha cabeça para ver Christian dormindo tranquilamente ao meu lado. Seu nariz estava no meu cabelo e ele sorria em seu sono.

Ele suspirou e se ajeitou, me puxando para mais perto dele. Pela claridade eu ouso dizer que ainda é cedo, mas ele já estava perfeito em calça jeans e camiseta preta abraçando os músculos poderosos. Sua mão deslizou pela minha barriga e ele abriu a palma lá, me mantendo presa nele. Seu perfume invadiu o meu sistema e eu suspirei baixinho, sentindo o ponto entre as minhas pernas se agitar.

Ele era a representação do pecado e por mais que me apavorasse como o inferno a única coisa que eu queria era mergulhar no seu calor e deixar que ele fizesse comigo o que quisesse.

Sentir o calor dele é gostoso, mas o que diabos ele está fazendo no meu quarto? Eu não queria me mover e correr o risco de acordá-lo, mas a proximidade dele estava me deixando nervosa e necessitada por um pouco de espaço pessoal. Levantei o braço dele com cuidado e deslizei para fora da cama. Christian resmungou e agarrou o meu travesseiro, puxando-o para o rosto. Corri na ponta dos pés até o banheiro e encostei a porta atrás de mim. Quando fiquei na frente do espelho foi impossível não estremecer com a minha imagem refletida. Maquiagem escorrida pelo meu rosto, meu rímel me deixando com aparência de panda. Meu vestido era uma bagunça amarrotada e meu cabelo parecia um ninho armado.

— Maravilhosa, Anastasia. — murmurei para mim mesma e revirei os olhos. Esfreguei algodão com demaquilante pelo meu rosto, tirando todos os resquícios. Atirei minha roupa para o canto e me enfiei em baixo do chuveiro.

Fechei meus olhos e tombei a cabeça para trás, me deleitando com a água quente. Escutei a porta se abrir e congelei, bem ciente de quem estava comigo. Olhei para trás e Christian estava escorado no batente, olhando para mim com indisfarçável apreciação.

— Bom dia, querida. Posso me juntar a você? — ele sorriu mais largo e esfregou os olhos.

Eu queria ir até ele e bater na sua cabeça até desmaia-lo, depois puxá-lo para o quarto e jogá-lo em baixo da cama até que seu corpo apodreça e ele queime no inferno, mas o nosso pouco tempo de convivência já me ensinou que lutar com ele é a pior das decisões. Nunca surte o efeito desejado além de que brigar com Christian o deixa violento e volátil, o que não é nada agradável para mim.

Eu suspirei e dei de ombros, voltando para o jato de água quente.

— Claro, vamos lá. — eu fui indiferente, mas ele pareceu não se importar. Pude sentir seu sorriso nas minhas costas e seus olhos na minha bunda.

Christian caminhou até mim e ficou na minha frente, não se importando com a água molhando suas roupas. Ele puxou a camisa para fora do seu corpo e a jogou longe num estalo alto. Dei um passo para trás e bati as minhas costas na parede fria, esfregando o gel de banho cheiroso na minha barriga. Meus olhos se mantiveram nos dele, mas a vontade de descer para o seu peito já estava quase me deixando louca. Um brilho incrível coloriu a sua íris acinzentada e eu quase fui em meus joelhos.

— Antes de tirar a calça quero te avisar que sou completamente saudável. Eu sou um cara, é de manhã e você está nua, então... — ele deu de ombros e sorriu com satisfação.

Eu engoli, sentindo meu coração acelerar no peito. Ele estava a distância de um braço, até menos eu acho, e estava me deixando malditamente excitada. Numa prece silenciosa agradeci a Deus por estar no chuveiro e ele não perceber o quão molhada me deixou. Qual foi a última vez que eu transei? Jack era ótimo para mim, mas um fracasso sobre pernas quando o assunto era sexo. Já Christian é a personificação de tudo o que uma mulher sempre sonhou em um homem; rico, um fodido bad boy e quente como o inferno.

Ninety Days Where stories live. Discover now