Capítulo 24

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Anastasia

Christian para de uma vez, silêncio recaindo entre nós. Fecho meus olhos e aperto as mãos em punhos.

Não era para ser assim, porra.

— Repete. — ele murmura num fio de voz, fazendo meu corpo tremer.

Christian se vira e chega até mim em dois passos largos, agarrando meu queixo e levantando minha cabeça. Seus olhos não me dão grandes pistas das suas emoções, o que só aumenta o meu nervosismo. Lágrimas vêm aos meus olhos e ele as limpa delicadamente.

— Ana?

— Estou grávida, Christian. Nós vamos ter um bebê.

Ele suspira e pisca um par de vezes antes de cair de joelhos no chão e abraçar a minha cintura. Christian levanta a minha blusa e beija minha barriga repetidamente, murmurando algumas palavras em italiano. Acaricio seus cabelos macios, limpando as minhas lágrimas com a mão livre.

— Acho que você desistiu de me deixar. — murmuro com um sorriso e Christian bufa, se levantando do chão e afastando algumas lágrimas.

Ele me pega no colo e me carrega até a cama, me colocando com cuidado sobre o colchão macio e subindo ao meu lado. Ele encosta o ouvido na minha barriga e morde o lábio.

— Ele pode me ouvir? — seus olhos brilham para mim, o maior sorriso do mundo iluminando seu rosto.

— Eu li na internet que sim. — ele ri e beija meu estômago novamente antes de se arrastar pela cama e me beijar com força.

— Eu vou comprar um tanque Sherman para vocês e ninguém mais chega perto, só a família. — eu ri, tirando alguns fios de cabelo dos seus olhos.

— Você descobriu que vai ser pai a cinco minutos e já está estragando essa criança. — Christian revira os olhos e espalma a mão no meu ventre.

— Filhos são para serem mimados, principalmente o meu primogênito.

— Isso vai ser um problema. — bato na ponta do seu nariz. — Você não pode ser um pai babão.

— É lógico que posso e eu vou. Meu filho, meus mimos.

— Nosso filho, garotão. Fizemos ele em conjunto.

— E fizemos muito bem. — Christian morde meu ombro e suspiro, apertando minhas coxas. — Eu vou tomar um banho e já volto para vocês.

Ele me deixa com um último beijo e corre para o banheiro todo sorridente. Olho ao redor do quarto e me sento no colchão, puxando uma almofada para o meu colo.

Não era para ter sido assim, mas porra, eu me desesperei. Ele ia me deixar achando que estava fazendo o melhor e isso eu não posso permitir.

Christian me queria e conseguiu. Agora não tem mais volta, querido.

Ele sai do banheiro e a imagem do seu corpo maravilhoso nu e molhado corta qualquer pensamento meu. Esfregando tranquilamente uma toalha na cabeça ele parece despreocupado e relaxado, completamente alheio ao meu fogo crescente.

Ninety Days Where stories live. Discover now