Anastasia
Christian para de uma vez, silêncio recaindo entre nós. Fecho meus olhos e aperto as mãos em punhos.
Não era para ser assim, porra.
— Repete. — ele murmura num fio de voz, fazendo meu corpo tremer.
Christian se vira e chega até mim em dois passos largos, agarrando meu queixo e levantando minha cabeça. Seus olhos não me dão grandes pistas das suas emoções, o que só aumenta o meu nervosismo. Lágrimas vêm aos meus olhos e ele as limpa delicadamente.
— Ana?
— Estou grávida, Christian. Nós vamos ter um bebê.
Ele suspira e pisca um par de vezes antes de cair de joelhos no chão e abraçar a minha cintura. Christian levanta a minha blusa e beija minha barriga repetidamente, murmurando algumas palavras em italiano. Acaricio seus cabelos macios, limpando as minhas lágrimas com a mão livre.
— Acho que você desistiu de me deixar. — murmuro com um sorriso e Christian bufa, se levantando do chão e afastando algumas lágrimas.
Ele me pega no colo e me carrega até a cama, me colocando com cuidado sobre o colchão macio e subindo ao meu lado. Ele encosta o ouvido na minha barriga e morde o lábio.
— Ele pode me ouvir? — seus olhos brilham para mim, o maior sorriso do mundo iluminando seu rosto.
— Eu li na internet que sim. — ele ri e beija meu estômago novamente antes de se arrastar pela cama e me beijar com força.
— Eu vou comprar um tanque Sherman para vocês e ninguém mais chega perto, só a família. — eu ri, tirando alguns fios de cabelo dos seus olhos.
— Você descobriu que vai ser pai a cinco minutos e já está estragando essa criança. — Christian revira os olhos e espalma a mão no meu ventre.
— Filhos são para serem mimados, principalmente o meu primogênito.
— Isso vai ser um problema. — bato na ponta do seu nariz. — Você não pode ser um pai babão.
— É lógico que posso e eu vou. Meu filho, meus mimos.
— Nosso filho, garotão. Fizemos ele em conjunto.
— E fizemos muito bem. — Christian morde meu ombro e suspiro, apertando minhas coxas. — Eu vou tomar um banho e já volto para vocês.
Ele me deixa com um último beijo e corre para o banheiro todo sorridente. Olho ao redor do quarto e me sento no colchão, puxando uma almofada para o meu colo.
Não era para ter sido assim, mas porra, eu me desesperei. Ele ia me deixar achando que estava fazendo o melhor e isso eu não posso permitir.
Christian me queria e conseguiu. Agora não tem mais volta, querido.
Ele sai do banheiro e a imagem do seu corpo maravilhoso nu e molhado corta qualquer pensamento meu. Esfregando tranquilamente uma toalha na cabeça ele parece despreocupado e relaxado, completamente alheio ao meu fogo crescente.