Capítulo 40

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Christian

Escuto Elliot e Matteo rindo, mas a minha atenção está totalmente no corredor que Anastasia entrou a quase dez minutos e ainda não voltou.

Ela estava nervosa, a gravidez já está avançada, Anastasia não gosta de ficar sozinha e eu deveria ter ido junto.

Vejo uma mulher vindo dos banheiros antes de se envolver numa conversa com um grupo próximo e um arrepio passa por mim, uma sensação estranha no peito.

Me afasto do meu irmão, ignorando suas perguntas e faço o mesmo caminho que a minha esposa fez minutos antes.

— Anastasia? — grito do início do corredor, recebendo somente silêncio como resposta.

Em três passos longos já estou abrindo a porta de madeira do banheiro para encontrá-lo na penumbra e, para o meu desespero, vazio.

— Christian, o que houve? — Elliot para ao meu lado, Mia vindo atrás com olhos arregalados.

Ignoro ele e volto correndo para a recepção, olhando para todos os lados atrás da minha mulher.

— Anastasia, baby? — as vozes se silenciam e todos olham para mim com curiosidade.

— O que está acontecendo, caralho? A Ana não tinha ido no banheiro? — Mia me puxa pelo braço, suas mãos trêmulas. — Pelo amor de Deus, Christian. Não brinca comigo assim.

Eu balanço a cabeça em negação por mera falta de saber o que dizer.

Os olhos dela se enchem de lágrimas e vejo as pernas dela falharem.

Me movo para ampará-la mas Elliot chega antes e a segura contra o peito.

— Vai, eu cuido dela. — ele aponta para o grupo de seguranças parados no fundo da loja.

Corro até eles e Taylor é o primeiro a se mover, parando ao meu lado enquanto observa os outros oito homens com olhos cerrados.

— Cadê a minha esposa? — rosno, lutando contra o bolo na minha garganta.

Eles trocam olhares assustados entre si e eu puxo minha arma da cintura, apontando na cabeça de um deles, acho que o seu nome é Federico.

— Cadê a minha esposa, caralho? — eu grito e ele engole, seus joelhos batendo.

— Senhor, nós não sabemos onde a senhora Grey está. — ele murmura quase num sussurro, olhando para mim quase em lágrimas.

— Vocês não sabem? — rio sem humor.

O pobre filho da puta nega com a cabeça e me fita quase implorando por misericórdia.

Mal sabe ele que nunca me ensinaram o significado dessa palavra.

Destravo o revólver e atiro na testa dele. Seus miolos explodem, uma bagunça de sangue e restos de cérebro sujando o nosso entorno enquanto ele cai aos meus pés como um saco de merda.

— Vou perguntar uma última vez. Cadê a porra da minha esposa?

— Christian? — olho por cima do ombro e vejo Alex correndo até mim.

Ele para ao meu lado e faz uma careta quando vê o corpo no chão.

— Fala, caralho. — ele se assusta e me entrega um pedaço de papel.

— Achei isso caído perto das portas de metal do depósito.

Puxo o bilhete das mãos dele e troco um olhar familiar com Taylor antes de me afastar. A próxima coisa que escuto é o som inconfundível do gatilho sendo apertado.

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