Anastasia
Eu odiava acordar cedo.
Odiava mesmo.
Abri meus olhos e olhei para o despertador, gemendo. Era pouco depois das sete e Christian já estava mais disposto do que eu poderia estar em toda a minha vida.
— Bom dia, dea.
— Não tem nada de bom. — respondi mal humorada e me arrastei para fora da cama me sentindo uma merda.
Christian riu nas minhas costas e eu quis bater nele, mas seria esforço demais. Fui para o banheiro e girei o registro na água fria, entrando em baixo do jato. Meu corpo se arrepiou e o sono foi embora, me deixando alerta.
Depois de meia hora eu já estava maquiada e penteada. Amarrei meu roupão na cintura e caminhei em direção à sala, encontrando com um Christian elegante e gostoso sentado no sofá concentrado no seu notebook e latindo ordens raivosas pelo telefone.
O homem já amanhece com um diabo na bunda.
Me escorei na parede e o observei por um momento, memorizando cada um dos traços perfeitos. Com um terno preto e sem gravata ele parecia fodidamente comestível. Brinquei com o meu anel de noivado enorme no meu dedo, sorrindo alegremente.
Eu vou me casar.
Ele será o meu marido, pai dos meus filhos e companheiro para o resto da vida e dada as circunstâncias não vai ser uma vida chata.
Um conto de fadas com um príncipe as avessas, dinheiro infinito e sexo incrível. O que mais eu poderia querer?
Com um sorriso voltei para o quarto e me aventurei pelo closet enorme. Elliot veio à minha mente e meu coração apertou com saudade. Sinto tanta falta dele que é quase incontrolável.
Com um suspiro melancólico escolho por um conjunto que combinaria com o terno clássico do meu noivo e pego mais algumas peças para uma pequena mala.
O som dos meus saltos contra o chão ressoaram pelo apartamento e chamaram a atenção de Christian. Com um sorriso ele olha para mim e arfa, empurrando suas coisas para longe e vindo na minha direção.
Seus olhos analisam o body rendado e decotado minimamente coberto com um blazer e descem para a calça flare de cintura alta, tudo preto. Apreciação emana dele e eu sorrio sedutora, passeando na sua direção.
— Senhora Grey, não sei se já falaram isso mas você é uma coisinha quente. — ele murmurou com um sorriso e deslizou os braços ao redor da minha cintura. — Espero que essa calça seja fácil de tirar, baby. Caso contrário acho que serei obrigado a deixá-la um pouco menos elegante.
Eu ri, esfregando minhas mãos pelo seu peito firme.
— Isso seria muito bom mas acho que a sua Ferrari não foi projetada para esse tipo de brincadeira, senhor Grey. E a presença da segurança também não vai me permitir relaxar. — Christian bufou e revirou os olhos, descendo as mãos pela minha coluna até agarrar a minha bunda.
— E quem disse que vamos de Ferrari? — Christian sussurrou no meu ouvido e tirou a mão esquerda de mim, puxando outra chave do bolso.
