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— Fica tranquila, eu já liguei pra Bia avisando sobre o ocorrido. O Suho tá oficialmente fora das empresas Machado. — Chanyeol informa, já à caminho do nosso prédio.

— Eu não perguntei nada. — Respondo rude, fazendo uma careta de desgosto.

— Ai, grossa. — O mais alto finge ser afetado, colocando as mãos no lado esquerdo do peito. — A propósito, essa situação veio bem acalhar.

Bem acalhar? — Enfatizo, erguendo o cenho para ele, que tinha os olhos concentrados nas ruas movimentadas de Seul em seu horário de pico.

— Calma, capetinha. Não se estressa antes que eu tenha decretado a sentença. — Ele gesticula enquanto fala, o que me faz revirar os olhos, largando meu corpo no banco ao lado do motorista. — É que essa é uma situação boa para explicar a primeira regra.

— Vai continuar fazendo mistério ou vai falar logo qual é a droga da tal regra? — Coloco os braços sobre o peito, impacientemente.

— Você sempre fica assim, emburrada como uma criança quando eu falo alguma coisa que você discorda... — Chanyeol observa, sorrindo de lado.

— Nossa, que bela avaliação psicológica, ein? — Provoco. — Por que não tenta a carreira de psicólogo?

— Eu já tenho que me esforçar demais para entender essa capetinha aqui.

Reviro os olhos.

Sempre tão patético.

Ele gosta de passar vergonha?

Parado no congestionamento por longos minutos, Park Chanyeol faz uma manobra para se livrar da fileira de veículos empacados, entrando em uma rua na qual eu nunca havia passado antes.

— Pra onde você vai, seu idiota? Só tem uma entrada pro prédio, e você acabou de sair do caminho! — Esbravejo, me arrumando no banco.

Ele solta um suspiro, me ignorando. Eu enrugo o nariz para ele, soltando um "aish" frustrado.

Finalmente, o caminho se torna familiar. Estávamos indo direto ao parque no qual eu havia marcado de me encontrar com Chanyeol quando o escolhi como namorado de aluguel. Não faz muito tempo, mas parece que já se passaram meses.

— Yeouido Park? Por quê? — Questiono, arqueando as sobrancelhas enquanto a paisagem começava a nos engolir.

— Como esse é o lugar que você queria se encontrar comigo no começo, eu pensei que você gostava, então quis te trazer aqui. — Ele dá de ombros, fazendo uma manobra com o volante.

— Pra quê?

— Por Buda, Lee Shin Eye, eu vou ter que te beijar pra você parar de fazer tantas perguntas? — Ele se inclina levemente na minha direção, mas eu o empurro, espremendo os lábios.

Só por segurança, né?

— Obrigado.

— Eu que agradeço.



Namorado de aluguelWhere stories live. Discover now