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Meus olhos não conseguiam acompanhar o cenário. A velocidade me impossibilitava de perceber cada detalhe, e eu acho que o enjôo que estou sentindo não é bom sinal.

Eu acomodo minha cabeça no tronco de Chanyeol. Aquela era uma ótima distração para meu estômago. Eu tentava pensar no abdômen trabalhado de Chanyeol, nos seus lábios carnudos, e tudo aquilo se resolvia, por hora.

Eu só pedia a Buda para que Chanyeol ganhasse aquela maldita corrida.

— Capetinha? Você tá bem? — Ele pergunta após uma curva.

Assinto com um movimento de cabeça, mesmo sabendo que eu não me sentia nada bem.

— Falta pouco. — Avisa, acariciando meus braços que o rodeavam.

Assim, ele conseguiu superar a velocidade dos outros competidores e tratou de mostrar o dedo do meio.

Eu me sentia feliz por finalmente, termos conseguido superar aquilo, mas eu tinha um problema maior para resolver.

Chanyeol foi aplaudido quando o trajeto terminou. Nós conseguimos o terceiro lugar.

Ele me ajudou a descer da moto.

Eu me sentia um pouco tonta, tudo parecia girar. Meu corpo vacilou por um momento, mas Chanyeol estava lá, me segurando.

— Você quer beber uma água? — Ele questiona, tirando meus cabelos do meu rosto.

— Quero ir pra casa. — Resmungo, rabugenta.

— Tudo bem. — Ele disse por fim. — Você aguenta mais um passeio de moto?

Eu assinto com a cabeça e ele joga o capacete nas minhas mãos.

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— Admito que sinto falta de um carro nessas horas. — Chanyeol murmura a caminho do prédio onde moramos. Ele guia com apenas uma das mãos, enquanto a outra toca minhas mãos, conferindo se ainda estou ali.

— Então compra um. — Retruco, como se fosse simples. E talvez seja.

— Não posso me dar ao luxo. Tenho despesas demais. E a moto é uma alternativa pra quem gastava tanto com gasolina como eu.

Eu abro a boca num "oh", assentindo com a cabeça.

— Por que você sempre trata o dinheiro como algo que você necessita mais e mais? O que você tem já não é suficiente?

— Se fosse, meus problemas estariam resolvidos. — Argumenta.

— Que tipo de problemas? Você tá devendo pro tráfico, Park Chanyeol? — Zombo, mas ele não se pronuncia. — Ai meu Buda, é isso!

— Não, não é, capetinha. — Ele tranquiliza. — Eu só devo uma coisa pra alguém.

— Sério? E pra quem você deve?

— Pra você. — Ele diz, entrando no estacionamento do prédio.

— Pra mim? — Pergunto, juntando as sobrancelhas em questionamento. — O que você tá devendo pra mim que eu não sei?

Nós paramos em uma vaga e rapidamente, eu desço da moto.

Chanyeol retira meu capacete com cuidado depois do seu, e acaricia meu rosto com seu polegar, como se eu fosse quebrar ao mero toque.

— Amor. — Ele declara, selando nossos lábios.

N/A: Shimmie Shimmie KO KO BOP I THINK I LIKE IT

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(MEU DEUS Q FAROFA)

Dedico esse capítulo à ArmyNoiada. Obrigada pelos seus votinhos!

Namorado de aluguelWhere stories live. Discover now