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Clara Maria Machado P.O.V.

Eu me colocava na ponta dos pés, tentando achar alguém naquela multidão de pessoas.

Quando o vi se aproximando, costurei entre os inúmeros corpos no meu caminho, entusiasmada.

Já se faziam cinco anos desde que o vi pela última vez.

Quando o alcanço, trato de abraçá-lo de imediato, mas o mais velho não esboça nenhuma reação. Nem sequer retribui à meu afeto.

— Papai! Como o senhor está? Quer ajuda...

Ele me interrompe, segurando minha cabeça para trás.

— Pelo visto você não mudou nada. Continua como sua mãe, aquela mulher falante... Sua irmã chegou mais cedo. — Eu espio a cena atrás de suas costas, me deparando com uma Beatriz bastante solidária, -o que não acontece no dia a dia-, carregando todas as malas do papai. — Minha garota. — O mais velho afaga a cabeça de Beatriz. Eu trinco a mandíbula, sentindo o sangue quente correr pelas minhas veias. — Sempre pontual.

— Obrigada, papai. Aprendi com o melhor. — Minha irmã dá um sorriso que revira meu estômago.

Eu preciso formular um plano urgente para mandar a Beatriz, no mínimo, para o quinto dos infernos.




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