Capítulo 43 - CATARINA

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Arrisque-se! Se der certo, felicidade. Se não, experiência.

O final de semana foi enriquecedor. A noite com Henrique então, havia sido gloriosa.

Eu estava convicta do que queria. Estava feliz. Sabia que ainda viria bastante coisa para me preocupar, mas quando em algum outro quesito vai bem a ponto de te dar força para todo o resto, eu acho que já vale a pena.

— Obrigada — digo assim que saio do seu carro, já no portão de casa. Henrique chega perto ajeitando o seu maior apetrecho de disfarce, o boné.

— Eu que preciso agradecer.

Ana sai do carro e abraça Henrique.

— Obrigada, tio.

Ele beija a bochecha e dão um abraço apertado.

Fico ao lado esperando.

Depois Ana sai indo abrir a porta com a chave que pega na minha mão.

Era a minha vez de ser abraçada. Estar em seus braços era magnífico.

— Sou tão feliz porque encontrei você.

— Ei! — Solto um pouco e olho em seus olhos. — Foi eu que te encontrei, bonitão.

— Hum. É verdade. Sou feliz porque você me encontrou.

— Não foi em um lugar que eu vá fazer questão de lembrar, mas...

Ele, nu, excitado na cama com outra.

— Nem eu... melhor pularmos para o segundo encontro.

— Qual? O que você foi atrás de mim na escola da Ana? Eu quis te matar!

— Terceiro?

— Você no hospital cantando as enfermeiras — faço cara de poucos amigos. — Não mesmo.

— Ah, acho melhor dizemos que foi gradativo. — Ele sorri animadamente.

— Foi. Primeiro te achei escroto e superficial.

Ele faz careta.

— Mas gostou do meu... — ele olha para baixo. — Lembro muito bem dos seus olhares.

Dou um tapa em seu ombro. Cretino.

Não podia negar que provar havia sido ainda melhor.

Henrique me agarra ali e me beija.

— Podemos nos ver amanhã?

— Amanhã vou cedo para o jornal levar as fotos que você gentilmente cedeu.

Sorrimos lembrando da cena.

Faz uma pose assim, faz assado...

A galera vai pirar nessa!

Sem ser forçado!

No fim ficaram ótimas e terei como descolar algum trocado para a caixinha.

— Pensará com carinho no nosso trato, não é?

Ele faz uma careta, mas concorda com a cabeça. Ele prometeu pensar em visitar sua mãe.

— Posso te buscar no trabalho amanhã? — pergunta mudando de assunto.

Torço a boca.

— Falamos que iriamos com calma e ainda tem o fato daquelas fotos com a Luciana. Aliás, ficamos esse final de semana tão fora do mundo real que nem sabemos o que anda se passando.

TUDO OU NADAWhere stories live. Discover now