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Queridos leitores,

mais um capítulo de Amazima! Estou amando os comentários de vocês referente a história. Gostaria de falar que pretendo terminar esse livro até final de janeiro. Ano que vem estarei prestando vestibular para valer! Estudarei muitoooo e de início não terei muito tempo para escrever. Então, para não ficar em falta com meus caros leitores, não medirei esforços para postar pelo menos três vezes por semana (será que consigo? Haha) Tive uma leve luxação no pé durante meu treino de muay thai, então estou passando uma grande parte do meu tempo escrevendo. Enfim, não se preocupem que o fato de eu terminar a história em janeiro, não fará com que ela seja mais curta. Até porque já existe o início, meio e fim dela. ;) Amo vocês e espero que curtam o capítulo. <3

P.s: Estrelas são bem-vindas!

Assim que subi percebi que a casa estava vazia. Tentei ligar para o celular da minha prima ou do tio Fábio, mas só dava fora de área. Decidi então telefonar para os meus pais. Quando ouvi a voz de minha mãe do outro lado da linha, comecei a me culpar por não ligar com tanta frequência. Ela usava aquele tom típico de mãe, mas havia algo mais em sua voz que reconheci se tratar de um misto de cansaço com uma pontada de esperança. Ainda não tinham previsão para voltar para o Rio e meu avô estava estável. Em nenhum momento ela se queixou de como tudo estava insuportavelmente difícil. Ela não precisa fazer isso, eu sabia. E apesar de tudo, minha mãe afirmava que se Deus quiser logo eles estariam no Rio comigo e tudo ficaria bem. Aprendi com minha mãe que independente das circunstâncias nunca devemos abandonar nossa fé e sim prová-la. Para mim era mais fácil lidar com toda aquela situação mantendo uma distancia segura, se me envolvesse demais, meu lado emocional falaria mais alto e não conseguiria tomar decisões adequadas ou ajuda-los da melhor forma. Desliguei me sentindo o ser humano mais covarde do mundo. Arrumei a mesa do almoço na tentativa de me livrar daquele sentimento.
Luísa e tio Fabio chegaram com as mãos cheias de sacolas de supermercado. Tentei disfarçar minha tristeza pela conversa ao telefone, mas não foi tão difícil fazer isso quando vi o sorriso de Luísa. Fizemos o almoço e conversamos um pouco. Tio Fábio tagarelava sobre os novos funcionários de seu trabalho e de como eles eram inexperientes. Ri muito com suas caretas de frustração. Me despedi de meu tio, que iria voltar ao trabalho, e fui ao quarto com minha prima. Antes mesmo que eu pudesse me sentar ela já me intimava a lhe contar tudo que havia acontecido durante minha conversa com Daniel.

- A culpa é toda minha.- Luísa falou assim que contei sobre a cena que vi na loja.

- Como assim?! - Não tive a mínima intenção de conter meu espanto. Ela estava se culpando exatamente pelo o que? A conversa estava ficando estranha...

- Você acabou de chegar depois de uma temporada na África. Antes disso você teve apenas um namorado aos treze ou catorze anos. Fui egoísta! Quis arranjar alguém para você, sairmos em casal e até quem sabe te convencer a ficar mais tempo aqui.

Fiquei em silencio por longos dois segundos. Até que pulei em Luíza e a abracei tão forte que logo estávamos caídas no chão gargalhando feito duas adolescentes. Que é exatamente o que ainda somos!

- Ambas nos deixamos levar. Mas vamos esquecer essa história. -Falei em meio a sorrisos.
Eu sabia que eu não esqueceria disso tudo tão cedo. Foi um bom aprendizado. Nunca saia com surfistas!

- Você foi para a praia depois? -Luísa perguntou alisando a barra de sua blusa como quem não quer nada. Mais eu a conhecia muito bem. Ela estava escondendo algo...

- Sim. Espera, como você sabe? - Perguntei desconfiada.

- Não afirmei nada, apenas perguntei.

- E para perguntar, quer dizer que já sabia! - Rebati.

- Ta! O Lucas, por acaso, comentou comigo que o Filipe falou para ele que vocês haviam ido no quiosque do pai dele.

AmazimaWhere stories live. Discover now