A Corte de Asas e Espadas

II - 07

⚠️Capítulo com cenas de sexo⚠️

A reunião tinha sido uma droga. Pela Mãe, eles estavam com merda até o pescoço, e ainda tinha a maldita espada que pelo pouco que ele sabia, poderia mudar o rumo de qualquer guerra. Que os deuses os poupassem. Além disso, ele não duvidava que a Rainha maluca tivesse um foco nele, afinal, ele arrancara o pescoço do Rei. Só conseguia pensar em sua irmã, sua cidade e em seu povo, esse conflito... se pensasse muito nisso, provavelmente não dormiria, não que fosse fácil depois do que tinha acabado de acontecer. Adyra tinha... se aproximado dele? Conversado com ele? Ela disse que quem sabe um dia, visitaria Floretta? Ele não entendia. Aquilo tinha sido de fato inesperado, já que ela parecia ter certa aversão a sua Corte, o que ele de forma alguma minimizava, ela não estava errada.

Aquele trauma do sequestro e da mutilação de sua amiga na época, agora cunhada, tinha sem dúvidas deixado alguma marca, marca que fez Adyra se tornar diferente, Thalis notara isso.
Ela parecia mais confiante, sua postura mais ereta, uma verdadeira princesa, mais do que isso, uma guerreira ele notou. Pelo menos era isso que os músculos dos seus braços demonstravam.

Thalis olhou novamente seu quarto, era espaçoso e bem decorado, um quarto de hóspedes como nenhum outro que ele tinha visto. Apesar de ser enfiado no meio de montanhas, com picos nevados os cercando, o Palácio tinha uma temperatura muito agradável, magia obviamente, a Corte Noturna era uma das mais poderosas, Rhysand era o mais poderoso, apesar dos boatos dizerem que seu filho Nyx o havia superado.
Se entrassem mesmo em guerra, talvez ele visse se o herdeiro era poderoso como diziam.

O Grão-Senhor senhor despiu-se de sua túnica e foi em direção ao banheiro anexo ali, jogando água no rosto e no pescoço primeiro. Quando se preparava para um banho completo, ele ouviu uma batida desenfreada na porta.
Ilitia, devia ser, ela devia ter esquecido alguma coisa e veio perguntar se não estava nos pertences dele.
Ele abotoou de novo as calças e foi até a porta.

— Ilitia, não tem nada seu aqui, eu disse milhares de vezes para você... — Assim que abriu a porta, não foi sua irmã que ele encontrou lá sem as joias e com os cabelos levemente despenteados.

.....

Adyra quase saiu correndo de lá quando o Grão-Senhor abriu a porta, mas agora ela já estava lá frente a ele. E pelos céus, ela achou Thalis bonito desde a primeira vez que o viu, mas ali, com algumas gotas de água reluzindo no rosto e pescoço e com o peitoral esculpido e musculoso a mostra ela quase arfou e entendeu o que estava fazendo ali. Desejo, apenas isso, ela jurou a si mesma. Fazia mais de 10 anos que ela o desejava mesmo que negasse, e ia tirar isso da cabeça agora que tinha chance, ela prometeu isso a si mesma.

— Adyra... o que faz aqui? — Ele perguntou surpreso e até mesmo ansioso se ela fosse considerar.

— Provavelmente algo inconsequente e que eu posso me arrepender depois. — Ela respondeu. Ela então preencheu o espaço que ainda separava os dois e o beijou.
Ele pareceu em choque inicialmente, mas em segundos, ele agarrou a cintura de Adyra e retribuiu o beijo. Ele então desgrudou dela apenas para olhar em seus olhos.

— Então pense nisso só depois. — Ele disse e a puxou para dentro do quarto fechando a porta.

Thalis puxou Adyra pela cintura e voltou a beija-la. Ela correspondeu na mesma intensidade, deslizando as mãos pelos braços do macho e as unindo atrás de seu pescoço. Não era um beijo carinhoso, era... desejo, de ambos ela supôs. Será que ele pensou nela durante esses anos? Pelas reações dele, ela pensava que sim.

Ele se afastou dela, a observando, como se dando tempo para ela... reconsiderar. Mas ela não faria isso. Como ele disse, pensaria no arrependimento apenas depois. Como resposta, ela se lançou de volta a boca dele, foi o suficiente.