II - 10 Parte 2

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Eles terminavam de passar pela floresta, antiga e parecendo intocada. Kirian vociferava ordens para o exército que já estava cansado da viagem por mar. Ainda bem que não tinham dado de cara com nenhum guarda ou algo do tipo. Um território neutro, sem proteção ou pertencimento a nenhum Grão-Senhor.

Ele não não suportava mais a Rainha de Rask reclamando e reclamando a cada minuto, uma tirana. Foi isso que Kirian pensou desde a primeira vez que a viu, quando ela se encontrou com seu irmão oferecendo essa aliança e mais do que isso aparentemente.

A Rainha Elysia vestia preto, sempre. Segundo ela vestia luto pelo marido que fora assassinado, vestia preto por respeito a memória do falecido Rei o qual ela dizia amar eternamente. Memória que ela não parecia se importar quando montava Arius e era fodida por ele. Tinha sido assim desde que a aliança entre os dois reinos fora formada: os dois desde o primeiro contato, naquela noite ele tinha ouvido os barulhos vindos do quarto do irmão.

Kirian odiava Arius, odiava seu irmão, mas ainda tinha servi-lo, ele era seu Rei afinal e quando ele se juntou a Rainha Elysia, ele sentiu mais nojo ainda de trabalhar para ele, de comandar um exército em seu nome.

Ele odiava o irmão, odiava a memória do pai, se fosse ser sincero odiava Hybern. O reino, salvo algumas pessoas que ainda conseguiam ser boas naquela terra amaldiçoada, o lugar era podre. E ele era podre por ser filho daquele lugar.

Então, Narben foi encontrada. A lendária espada foi encontrada. Foi encontrada e então se recusou a permanecer nas mãos de Arius, se recusou a permanecer na mão da Rainha Elysia. Mas nada mãos dele... a espada parecia tê-lo escolhido.
Seu irmão ficou furioso, como a espada se curvava pra o General, mas não para o Rei. Mas sua fúria então logo se concentrou no fato de que seu General tinha a espada, e que ele a usaria conforme sua vontade.

Sinceramente, Kirian não se sentiu honrado quando a espada se dobrou para ele. Sentiu raiva, pois sabia o que teria que fazer com ela. E não gostava.

Eles terminaram de passar pela floresta, mas quando olharam para um monte que se extendia para além da planície...

— Que merda é essa. — Disse o Rei.

Kirian não tinha palavras. Não quando um exército imenso de Prythian estava acampado ali, esperando, como se soubessem exatamente onde eles estariam.

— Os seus batedores inúteis disseram que eles não estavam se preparando, que o meio estava livre e agora nós deparando com um exército desse tamanho. Onde estão os desgraçados? — Arius disse para a Rainha.

— Vou mandar que sejam chamados. — A Rainha falou.

Quando os dois homens foram chamados, eles pareciam... estranhos... confusos.

— De que inferno de buraco vocês tiraram a informação de que Prythian estava quase ignorarante a nós, e agora encontramos um exército preparado? Expliquem-se. — Ordenou a Rainha.

Eles davam explicações confusas, diferentes, sem pé nem cabeça.

Arius se irritou. Ele tinha o poder de seu pai, fazia feitiços como ninguém, ele quebrou o que quer que estivesse na cabeça dos soldados. Ele grunhiu violentamente quando entendeu.

— O desgraçado do Grão-Senhor da Corte Noturna é daemati. Ele mudou a mente deles para que dessem informações falsas a nos. E esses imbecis se deixaram alterar. Mate-os. — Ele disse a Kirian.

— Para que? Se Rhysand que alterou suas mentes, não foi culpa deles. — Kirian disse.

— Não questione mais minhas ordens. Mate-os, não quero olhar para a cara deles. — Ordenou o Rei.

A Corte de Asas e EspadasWhere stories live. Discover now