II - 19

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Voltar a Velaris foi o momento mais lindo para todos eles.
Adyra tinha se despedido de Thalis. Eles combinaram de passar esse tempo separados, organizarem suas mentes e seus negócios para então se juntarem na Corte Primaveril.
Ela sentiria muita saudade de Velaris, de sua família. Mas ela era parceira de um Grão-Senhor, e gostava muito dele. Amava Thalis. Então, ela aprenderia a amar a Corte dele, a amar o povo dela que também seria seu. Ela sempre amaria a Corte Noturna, Velaris, seu povo por direito e nascimento, mas aprenderia a amar o povo da Primaveril, que era seu povo por ser o povo de seu parceiro.

Uma nova casa, era isso que ela via naqueles olhos verdes de Thalis. O futuro dela, com ele, ao lado dele. Ela não fazia ideia de como seria, se a Corte Primaveril a aceitaria, se gostaria dela, ela estava insegura com aquilo, uma filha da noite se tornando senhora da Primavera, seu poder tão diferente do poder deles. Ela pedia a Mãe que ela conseguisse se adaptar.

Mas agora, ela iria aproveitar a Cidade de Luz Estelar por mais um tempinho. Eles não tinham definido quanto tempo eles ficariam separados, mas se dependesse dela, não iria demorar muito. Eles já tinham esperado demais.

Todos se reuniriam na Casa do Rio para um jantar. Catrin, Nyx, Azriel, Gwyn, Mor, Emerie e Amren já estavam confortáveis, bebendo e rindo de qualquer história que Mor tinha contado.

Logo, o restante dos moradores da Casa do Vento chegaram, incluindo Aylla e Ophellia, que tinha ficado em Velaris durante a batalha. Ela chegou no colo de Darhlan saindo correndo para abraçar Adyra e Catrin, e nos outros depois disso.

— Eu tava com saudades de vocês, de todo mundo. — Disse a pequena illyriana.

— A gente também morreu de saudades de você Ophellia. — Catrin disse.

— Tia, seu cheiro tá diferente. — Ophellia comentou.

O sorriso de Catrin e Nyx se alargaram. Aylla já sorria, já havia entendido. A garotinha era muito inteligente, não era de se estranhar que ela havia sentido a mudança.

Catrin se abaixou de modo a ficar da altura de Ophellia.

— Você gostaria de ter um amiguinho ou amiguinha para brincar sempre que vem aqui? — Catrin perguntou.

— Sim, eu gostaria muito disso. — Ela riu.

— Então, o meu cheiro tá um pouquinho diferente, porque esse amiguinho ou amiguinha, tá crescendo aqui dentro da minha barriga. — Catrin disse. — Daqui a um tempo, você vai ter companhia para brincar.

— Sério tia? — Ela perguntou, Catrin confirmou. — Mas, é tão pequenininho assim que cabe dentro da senhora?

— Sim Ophellia, ainda é pequenininho, mas vai crescer e a tia Catrin vai ficar com um barrigão enorme. — Nyx explicou.

Ophellia então colocou a pequena mãozinha na barriga de Catrin, na verdade, um pouco acima de onde o bebê realmente estaria crescendo, mas ninguém ousou corrigi-la, não quando aquela cena era toda a pureza e alegria que eles precisavam depois daquela batalha.

— Espero que cresça rápido. — Foi tudo o que ela disse, arrancando gargalhadas de todos.

....

Quando todos já haviam ido embora, Catrin nas grandes janelas da Sala de estar agora escura, observava a extensão do Sidra iluminando pelas luzes feéricas.
Ela pensava estar sozinha, mas logo ouviu alguém se aproximando, a luz acendeu com um sussurro de magia.
Sua mãe, usando um lindo hobe salmão adornado com rendas pretas. Sua mãe, a Grã-Senhora da Corte Noturna, era absolutamente linda, sempre fora.

A Corte de Asas e EspadasWhere stories live. Discover now