A Corte de Asas e Espadas

II - 31

Catrin e Nyx acordaram com o choro de Layla. Ela ainda não dormia no próprio quartinho, ainda precisava de muitos cuidados.

— Alguém acordou nervosa. — Nyx disse com a voz ainda rouca pelo sono enquanto se levantava para ir até o bercinho ali.

— Pelo menos ela esperou o dia amanhecer hoje. — Disse Catrin de onde se espreguiçava na cama.

Ele rapidamente pegou-a no colo, acalmando-a um pouco, mas não duraria muito, Layla era faminta pela manhã.

— Eu só vou trocar essa fralda, e já te levo pra mamãe. — Ele disse a filha.

Catrin observava a cena. Nyx sem camisa, apenas com uma calça de um tecido fino e maleável, os cabelos em uma desordem absurda, trocando a fralda de Layla.

Ela não pode evitar sorrir. Era muito melhor que em seus mais lindo sonhos.

Ele terminou, Layla já resmungava de novo.

— Pronto, pronto. — Nyx disse entregando a bebezinha a Catrin. — Você poderia pelo menos fingir que gosta de me ver pela manhã e não está desesperada por sua mãe.

— Nyx, pelo Caldeirão, ela é um bebê, a única coisa que ela quer saber é quem vai alimentá-la. — Catrin brincou.

— É, mas espere só até ela começar a comer outras coisas, eu vou ser o Rei das frutinhas e papinhas. — Nyx brincou fazendo Catrin gargalhar.

— Você é inacreditável. — Ela disse beijando o parceiro.

Depois de amamentar Layla e então se vestirem adequadamente, eles saíram do quarto.

Ao chegarem no corredor, constataram um dos quartos de visita aberto, o quarto que Ahryn ficou estava vazio.

Catrin soltou uma risada satisfeita.

— O quarto de Ahryn vazio e o de Cadewyn trancado. Parece que a noite terminou bem para eles. — Catrin disse.

— Temos que fingir surpresa? — Nyx disse.

Catrin riu.

— Estou feliz por eles. — Ela disse com um sorriso terno no rosto. — Eu... eu senti algo diferente neles ontem, uma conexão.

— Quem sabe. — Nyx considerou.

— Quem sabe. — Catrin respondeu.

Os dois então desceram para o café da manhã.

......

A luz do sol invadiu o quarto.

Ela inspirou o ar da manhã que veio com cheiro de cravos e neve.

Aquele cheiro...

Quando sua mente acordou, quando seus membros se tornaram vivos, Ahryn percebeu que estava abraçada com alguém.

Ela havia dormido nos braços de Cadewyn, que ainda dormia tranquilamente.

— Santa Mãe. — Ela sussurrou.

Talvez Cadewyn tivesse o sono leve, já que lentamente ele acordou, a encarando com aqueles olhos safira.

"Eu não devia ter dormido aqui." Ela pensou em falar. 

Mas todas as palavras sumiram quando Cadewyn acariciou sua bochecha.

— Bom dia. — Ele disse baixinho e ainda rouco pelo sono.

— Bom dia. — Ela disse de volta.

Cadewyn então começou a traçar linhas carinhosas em seu braço.