seven - my real "me": a queen

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Minha real "Eu": uma rainha

Fique com o Grão-Senhor

Fique com o Grão-Senhor e tudo se acertará

Ficará segura 

Seu Grão-Senhor irá protege-la

As palavras ecoavam na minha mente. Tinha perguntas e queria faze-las, mas era tanta coisa para organizar, para pensar. Lembrei dos sete Grão-Senhores e tentei pensar em quem poderia ser, meu pai era da Estival e da Invernal talvez algo que envolvesse meus poderes...

Estava no meu quarto me arrumando para mais um baile. Uma das criadas terminava de cachear meu cabelo, enquanto outra terminava a maquiagem quando bateram na porta. A que terminava de ajeitar meu vestido foi abrir a porta, e pelo espelho pude ver minha mãe. 

Tentei levantar para abraçá-la, mas as criadas apenas me colocaram de novo na cadeira alegando que ainda não haviam terminado. Minha mãe foi se aproximando e parou do meu lado, encarando-me pelo reflexo do espelho. 

— Está linda, querida — murmurou.

— Obrigada. Mas todo crédito vai à Lucy e Diana.

— Gentileza da sua parte, senhorita — Diana me respondeu, já havia terminado a maquiagem e e afastava para guardar os pincéis. — A senhorita é linda sem nada disso, apenas realçamos sua beleza natural. 

Pude sentir o rubor subindo por minhas bochechas e dei um pequeno sorriso para ela. 

— Ainda fazem um trabalho maravilhoso, sem direito a contestar. 

Quando as duas saíram, mamãe segurou minha mão e virou-me de frente à ela. Seus olhos se enchiam de lágrimas e seu sorriso era reconfortante. 

— Ah, não chore, mãe. 

— Você está tão crescida, parece que foi ontem em que te segurei pela primeira vez. 

— Tenho apenas quinze anos, irá me aguentar por muito tempo ainda. 

— Eu sei, mas não posso deixar de admirar a mulher que você vem se tornando aos poucos. Agora, venha. Irei te ajudar com o vestido.

Minha mãe me puxa até o biombo em que estava o vestido e me ajuda a amarrá-lo. Ela me puxa na direção do espelho que havia no meu quarto e se coloca atrás de mim, com as mãos em meus ombros. 

— Você está tão linda, princesa!

— Obrigada, mamãe.

A saia era azul claro de várias camadas; o corpete tinha um fino tecido azul, mas era inteiro de arabescos detalhado em prata; com alças curtas – com o mesmo estilo do corpete –. Era primavera então uma pequena tiara em prata com pedras azuis, no formato de flores, estava em cima da penteadeira para eu usar.

Mamãe também me ajuda a colocar a luva branca. Qualquer mulher na nobreza era praticamente obrigada a usar em bailes ou eventos com muita gente.

— Você será uma rainha um dia, tenho certeza. Olhe só para isto!

— Não é para tanto mamãe...

Meus pensamentos são interrompidos pela voz de Feyre, que não parecia satisfeita com a resposta do Suriel, porque perguntou novamente.

— De onde veio a praga? 

— O Grão-Senhor não sabe que você veio aqui hoje, sabe? Ele não sabe que a sua fêmea humana veio prender um Suriel porque não pode dar a ela as respostas que ele busca. Mas é tarde demais, humana... para o Grão-Senhor, para você, para sua irmã, talvez para seu reino também... 

Corte de Amores e Segredos - Versão AntigaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora