bonus - she is... was my sister

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Ela é... era minha irmã

‗⁂‗‗‗‗⁂‗ Lucien  ‗⁂‗‗‗‗⁂‗

Em um momento estava esperado a minha morte, no seguinte estava vendo minha irmã e minha parceira morrendo. Os gritos de Layla e Feyre iam e voltavam na minha mente, jamais parando. A visão delas jogadas no chão, lutando para permanecerem vivas, agarrando-se a fina corda da vida delas é algo que não sumiria da minha cabeça. Era algo que eu sabia que viria durante a noite e ficaria até o amanhecer. 

Estava tentando chegar em uma das adagas quando o primeiro grito de Feyre soou, congelei no lugar sem saber o que fazer. Havia um guarda do lado dela, mas não foi ele que a machucou. Voltei minha mente no lugar e tentei novamente chegar a adaga, eu só precisava alcançá-la. 

— Layla! — gritou alguém. Não, meu cérebro logo reconheceu a voz. Rhysand gritava por Layla, gritava como se importasse. Que merda...?

Tentei esquecer isso e voltar minha mente no que importava. O salão do trono estava uma completa bagunça, feéricos chorando, correndo para chegar perto de quem amava, tentando achar os poderes dentro de si mesmos que fora roubado.

— O que você é, senão lama e ossos e alimento para vermes? — vociferou Amarantha. — O que você é em comparação com nosso povo, para achar que é digna de nós? 

Se meus pensamentos pudessem ser escutados pelos outros, todos ouviriam eu gritando que Layla era uma de nós. Que ela era mais digna que qualquer feérico. Mas outro grito de Feyre me afastou do momento novamente.  

Virei para trás e ela se contorcia no chão, o guarda apenas a encarava com uma satisfação doentia. Olhei para Tamlin e ele ainda estava ajoelhado no chão pressionando o ferimento no peito, o que quer que existisse na montanha estava impedindo nossos poderes de chegarem a nós. 

Não pensei em minhas próximas ações. Aquele laço que ligava eu e Feyre parecia se distanciar e partir a cada grito dela. A dor em meu peito quase me sufocava. A ideia de perdê-la me afogava. 

—  Feyre! — sem hesitar, saí correndo em sua direção. Não havia conseguido pegar a adaga, mas isso não importava. Não importaria se ela estivesse morta. 

O guarda se virou para mim quando cheguei perto o suficiente, sua mão esquerda fechando-se um punho e vindo na direção da minha mandíbula. Desviei antes mesmo que ela chegasse perto. Ele havia deixado a parte de baixo de seu braço livre, se eu estivesse com a adaga era só mirar certo e acertaria seu coração, mas eu teria que me contentar com meu próprio punho.

O guarda cambaleou para trás com o impacto, abaixando a guarda novamente. Acertei o outro lado e minha perna foi para trás do joelho dele, forçando-o a se ajoelhar. Uma faca caiu de uma parte de sua roupa e parou na minha frente. 

E eu achando que o filho da puta estava desarmado. 

— Faça suas orações — sussurrei antes de cravar a faca em seu peito e me ajoelhar ao lado de Feyre. 

Segurei-a com força e cuidado em meu colo, tentando ao máximo não piorar o que quer que ela tivesse quebrado. Sua respiração estava desregular e ela agarrava com força o lado esquerdo do corpo. Escondi a repulsa que passou por mim levemente ao encarar a tatuagem em sua mão. Ela não precisava disso agora. 

Corte de Amores e Segredos - Versão AntigaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora