Capítulo 17

177 18 5
                                    

Alfonso Herrera

  Anahi era completamente fraca para bebida alcoólica, tínhamos nem chegado no meio da garrafa e ela já estava altinha. Falando meio enrolando e piscando devagar, era do tipo que bebia e dormia logo em seguida.

  Ela já tinha me falado que para vinho não era assim, já que cresceu em uma vinícola, mas para as outras era perceptível que não aguentava.

  Sugeri a bebida apenas como fins de pesquisa, claro!

  Anahi era nervosa e estressada, quase aquelas meninas mimadas, que, quando não tinha o que queria, batia o pé, fazia birra e aumentava a voz. Seria quase impossível nos entendermos e chegarmos a alguma conclusão para entregar o melhor ao cliente.

  Ela batia a caneta nas têmporas, enquanto tentava pensar em uma nova ideia.

  Faltava apenas uma lâmpada amarela acima da cabeça quando ela parou de bater a caneta e ficou animada.

— Já sei um nome que seria incrível. Que tal melaço? Lembra mel e ainda faz um duplo sentido.

  A pronuncia de melaço saiu sexy de sua boca, e depois a mesma gargalhou.

  Eu gostava dessa Anahi.

— Fala sério, é uma boa ideia. - Deu de ombros.

— Realmente, pena que já existe.

— Não, você tá falando sério?

  Suas reações eram mais autênticas e dramáticas. Parecia que tudo nela ficava... melhor?

— Sim, tem uma cerveja com esse nome. E é idêntica a vodca, de mel também.

— Você já experimentou?

— Claro que sim! Você acha mesmo que eu iria perder a oportunidade de levar uma cerveja chamado melaço para um encontro com uma amiga?

— Você é muito depravado. - Fechou a cara.

  Diria que foi a reação mais fofa, já que nessa de fingir braveza, ela fez um biquinho que deu vontade de puxar com os dentes.

— Eu só não poderia perder a oportunidade - A encarava enquanto tomava o resto da vodca - Você que é muito certinha.

— Não sou certinha. Só nunca levei para o duplo sentindo nomes de bebidas.

— Ou seja, é certinha. Já fez algum ménage? - Ri da sua cara de choque.

— Por Deus, não. Mas isso não significa que eu sou certinha.

  Servi mais uma dose. Anahi tentou recuar, mas eu insistir.

— Só mais uma. Vai fazer você deixar de ser certinha e clarear as ideias.

  Nas três primeiras doses Anahi fez uma careta engraçada. Mas dessa vez a dose desceu redonda, sem fazer uma careta ou reclamar a quarta vez de como o álcool tem gosto de álcool (???).

  Ela bateu o copo um pouco forte demais na mesa, o que me fez retira-lo das suas mãos. Com toda certeza, Anahi era fraca para álcool.

— Um panaca já terminou comigo porque eu não quis fazer troca de casais.

  Arquei a sobrancelha. Não esperava por essa revelação.

— Seu namorado terminou com você, por que vc não quis ficar com outro homem?

— Justamente. No primeiro semestre da faculdade conhecido um carinha de administração e logo começamos a namorar, eu era a tal DUFF, acredito que ele queria chegar na minha amiga e não em mim. Mas a minha amiga namora desde o ensino médio, hoje é casada com ele, mas na época eles tinham um relacionamento aberto e ele me propôs a fazer uma troca de casal com a minha melhor amiga, ele ficando com ela e eu com o atual marido dela. Não aceitei e logo depois ele terminou comigo e logo depois tentou ficar com a minha amiga.

Brincando Com FogoWhere stories live. Discover now