Capítulo 33

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  O relacionamento que um dia foi morno entre eu e Alfonso, agora era puro gelo. E eu quem era a própria Elsa.

  Em uma sexta-feira ensolarada, Jayme designou a segunda conta que o conselho usaria para avaliar o nosso desempenho na competição. Domus Design, uma empresa de móveis de interiores que estava crescendo no meio das celebridades e que estavam querendo expandir a cartela de clientes e países.

  No final da reunião com o chefe, informei que tinha marcado uma reunião com o diretor chefe da Magic Music e que além disso, teria que sair um pouco mais cedo hoje, pois iria resolver um problema na vinícola dos meus pais.

  Jayme, compreensível como sempre, não se importou que eu saisse mais cedo, até elogiou, já que eu vivia enfiada dentro do meu escritório e pela primeira vez sairia ás três da tarde. Alfonso, em contra partida, não gostou do meu comentário referente a minha reunião marcada com Jaime, o mesmo me encarou feio e bufou de forma debochada e exagerada. Mas eu ignorei, deveria informar apenas ao meu chefe.

  Quando Jaime se ofereceu para dar uma analisada nos esboços que criei para o marketing, presumi que Alfonso também gostaria de mostrar seus esboços para o diretor chefe. Mas isso foi quando a idiota achava que estava em uma disputas justa e limpa. Agora usaria o meu poder de ter estudado com Jaime, ao meu favor.

  Principalmente depois do circo que Alfonso montou em Las Vegas, dizer o que, supostamente, sentia por mim e não deixou uma semana passar para dizer que eu não fazia seu tipo. Depois disso tudo, agora eu estava mais determinada ainda a vencer esta competição.

  Assim que Jayme se levantou para sair da sala de reunião, reuni minha papelada e sem olhar para a cara de Alfonso, me levantei, girei rápido no meu calcanhar e sai logo atrás. Não ficaria ali para ouvir sequer uma piadinha vinda daquele ser humano.

  Tinha acabado de sentar na minha cadeira acolchoada, para terminar de resolver algumas coisas antes de ir para a vinícola, quando Alfonso entrou na minha sala sem nem se quer bater na porta.

— Se a porta estava fechada é um belo indicativo de que não quero ser interrompida.

  Ele olhou ao redor, analisando meu escritório.

— Não me importo.

  Suspirei pesadamente.

— Preciso fazer algumas ligações antes de ir embora. O que você quer, Alfonso?

— Vai sair para jantar? Vamos ver se adivinho. Vão se encontrar em um hotel?

— Diferente de você, eu não preciso mentir para onde vou. Se disse que irei resolver alguns problemas da vinícola dos meus pais, é porque irei. E só mais uma coisa, vai se ferrar.

  Alfonso me encarou com os braços cruzados.

— Não, obrigado. Como já lhe disse, não gosto de dividir, muito menos com o pequeno Peter Pan.

— Veio a minha sala por mais algum motivo? Ou veio só me infernizar mesmo?

— Seu amigo Peter Pan não está atendendo às minhas ligações. Isso tem dedo seu?

— Claro! Porquê além da minha vida, eu consigo cuidar de outra que está a seiscentos quilômetros daqui.

— Eu estava passando pela sua sala outro dia e vi Genevieve reservando uma mesa no hotel francis para hoje. Foi assim que descobri que você decidiu se encontrar com seu amiguinho. Aliás, belo trabalho em equipe, quase cai no seu papinho de "somos só uma empresa, só uma equipe, só um grupo" você se daria muito bem como atriz, mente como ninguém. Pensei que quando veio a oferta da Magic Music era para a empresa e não para Anahi.

Brincando Com FogoWhere stories live. Discover now