Capítulo 43

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  A noite estava sendo intensa, perdi as contas de quantas vezes eu e Alfonso chegamos ao clímax e, cada vez, conseguíamos ser melhores na performance.

  Parece que nossos corpos se conheciam a séculos e a nossa ânsia por mais era quase insaciável, podíamos ficar fazendo aquilo por horas que não sentíamos dores e muito menos cansaço. Algo que era até sub-humano.

  Tínhamos chegado ao clímax mais uma vez aquela noite, não sabia a hora, a quantidade de vezes e nem se aguentaria mais. Mas estávamos nos saciando o suficiente, se seria a última vez, que aproveitássemos direito.

  Estava de bruços com a cabeça virada para a entrada do quarto, Alfonso estava atrás de mim, eu lutava contra o sono e acredito que ele também.

  Quando estava quase cochilando, senti beijos molhados nas minhas costas desnudas, algo que me causou arrepio da ponta do pé até os fios mais longos de cabelo.

  Pude ouvir uma risadinha abafada do homem causador deste fato.

— No que você está pensando? - Alfonso continuou com seus beijos em minhas costas, me arrancando suspiros de satisfações.

  Suspirei profundamente.

— Estava pensando se eu, como uma simples humana, conseguiria prolongar as horas e fazer com que esta noite jamais acabasse.

  Alfonso deu uma gargalhada e me virou para ficar de frente para ele, agora, minhas costas estavam em contato com a cama e meus seios com seu peitoral.

— Realmente, eu também queria ter esse poder de prolongar as horas e tirar de você a vontade de chutar a minha bunda para fora daqui a pouco. - Sorriu leve.

— Por quê eu faria isso?

— Porque você é uma mulher inteligente. - Colocou uma mecha de cabelo meu atrás da minha orelha. - Eu não sei como as coisas daqui em diante vão acontecer e se essa for a nossa última noite, eu gostaria de aproveitar e esquecer toda a nossa vida lá fora. Pelo menos até o sol raiar. - Não olhava em meus olhos e sim para sua mão que fazia carinho em meus cabelos.

  Mesmo que eu quisesse acreditar que esse seria um lance de apenas uma noite, meu coração me deixava claro que isso era um ledo engano. Eu fui inconsequente e não pensei nas consequências dos meus atos e muito menos do que ele me proporcionaria daqui para frente. Mas naquele momento, eu só segui as minhas emoções, para mim, parecia o certo a se fazer, era uma noite apenas. Mas nós dois estávamos apenas tentando nos iludir e deixar que acontecesse, sabendo que de fato, aquilo não seria apenas uma noite, poderíamos nem voltar a transar novamente, mas tudo estava arruinado entre nós.

  O que fizemos foi incrível e não estava me permitindo analisar todos os nossos atos profundamente, não naquele momento. Eu precisaria de um bom café ou vinho, na minha casa, longe daquele local, daquele quarto e daquele homem.

— Além do mais, eu quero escutar pelas últimas horas o som que você faz todas ás vezes que goza. É uma coisa de louco, o grito sem som, meu nome sendo chamado com essa sua voz que consegue ficar ainda mais rouca.

  Sorri tímida.

— Não venha, eu não faço isso.

— Baby, você faz e é a coisa mais sexy que eu ouvi em trinta anos. - Sorrimos.

— Brian não era muito fã de sexy oral, para ele, podíamos transmitir doenças das nossas bocas para a genitália. Acho que eu sempre gostei, pelo que percebemos. - Fiquei vermelha e Alfonso gargalhou - Acho que foi o êxtase de uma vontade que por muito tempo foi reprimida e esquecida dentro de mim.

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