Capítulo 38

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Anahi Portilla

  Finalmente o nosso jantar semanal havia chegado, já estava morrendo de saudades da minha amiga e precisava me distrair.

  O garçom que nos atendeu era bem bonitinho e pelo que parece, se encantou por nós duas, já que um sorriso amplo surgia em seu rosto cada vez que nos atendia. Algo que não víamos ele fazendo com os outros clientes. Além disso, ninguém sabia quem era Lyna, normalmente ela se descrevia de uma forma totalmente diferente para que não fosse reconhecida e muito menos bajulada pelos garçons, chefes e donos dos restaurantes.

  Isso era bom, assim ela conseguiria avaliar o restaurante por um todo, falando a verdade e sendo sincera com os seus leitores. Não sendo bajulada e a comida melhorada só porque a maior crítica gastronômica do país está no restaurante.

  Assim que o garçom saiu, Lyna, que o encarada com sua cara de "eu sei o que você pensando" se virou para mim.

— Acho que você devia transar com ele.

  Estava bebendo vinho, quando a mesma soltou essa frase, o que me fez quase cuspir o líquido.

— Com o garçom? Amiga? Eu tenho quase trinta anos, ele aparenta nem ter vinte.

— Não, doida. Você devia dormir com o Herrera.

  Eu tinha a atualizado dos últimos acontecimentos, desde a nossa viagem para Las Vegas, a ele ter visto minhas fotos e sua aparição inusitada para me pedir desculpas. Alfonso tinha uma personalidade controversa, mudava constantemente de opinião e atitude, às vezes, isso acontecia apenas em um estalar de dedos.

— Dormir com um cara que tá louco para me mandar pro outro lado do mundo?

— Você leva as coisas muito a sério. A vida não é tão pacata assim, existem maneiras de levá-la mais leve, sem estresse, sem comprometimento, sem amor, Anahi. Sem amor.

— Não inventa, Lyna. - Revirei os olhos.

— Sejamos práticas, Anahi. - Largou seu guardanapo em cima da mesa - Sabemos que ele irá para o Reino Unido, logo, por que vocês não se pegam ferozmente nesses dois meses que faltam e depois cada um segue sua vida? Você aqui, pois to nem ai, você não vai para o Texas e ele lá no Reino Unido.

— Amo que você já tem certeza que ele quem irá para o Reino Unido.

— Claro que você vai ganhar, uma pessoa que conseguiu erguer uma empresa, não vai ganhar uma competição simples dessa?

  Suspirei.

— Alfonso não é o tipo de homem que eu me relacionaria.

— Eu estou falando algo sobre namorar?Casar? Ter filhos e morrer velhinhos? Eu estou falando sobre transar, gozar e viver a vida no dia seguinte como se ele fosse um completo desconhecido. Hoje em dia as coisas são mais fáceis amiga, você não precisa casar com o cara para poder transar. É só fazer e no dia seguinte eaquecê-lo. Você está em celibato a seis meses, sei que está subindo pelas paredes e ele é um gato.

— Não seja besta. - Revirei os olhos.

  Mesmo que para mim fosse uma loucura, não era uma má ideia.

  Lyna sorriu safada. Ela me conhecia muito bem.

— Você pensou na possibilidade de transar com ele, não é?

— Não. - Peguei minha taça de vinho para disfarçar a vermelhidão no meu rosto - E antes que diga, eu exagerei no blush.

  Lyna jogou a cabeça para trás rindo.

Brincando Com FogoWhere stories live. Discover now