Capítulo 20

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  Não tinha visto Anahi pelo resto do dia, uma hora depois do nosso encontro ela enviou o projeto para Jayme e logo depois Genevieve veio perguntar se eu ainda precisaria dela, pois ambas estariam indo embora. Perguntei porque as duas juntas, já que, no começo, Genevieve não é tão amigável com as outras pessoas.

  Ela me disse que ambas tomariam um café juntas e depois Anahi ia sair para um jantar com uma pessoa que ela desconhecia. Acho que minha cara de desgosto transpareceu, já que Genevieve perguntou se eu estava com dor de barriga. Dispensei a mesma e depois de alguns minutos vi ambas saírem rindo do prédio.

  Eu precisava fechar um negócio com a empresa Economy Tovarz e mesmo que a nossa reunião estivesse marcada para a próxima sexta, resolvi dar uma passada por lá. Estudei junto ao filho do dono no ensino médio, o que acabou por gerar uma grande amizade. A empresa ficava no centro da cidade e o fato de ficar a apenas dois quarteirões de distância do Plaza tropical era apenas uma grande coincidência.

  O centro da cidade, acho que como de qualquer país, é uma loucura. Pessoas andando de lá para cá, ambulantes vendendo coisas aleatórias no meio da rua e alguns food truck. Como a empresa era extremamente conhecida e tinha bastante funcionários, o estacionamento, como sempre, estava lotado. O que me fez estacionar a alguns quarteirões de distância.

  O que me obrigaria a passar na frente do Plaza Tropical. Quando fui para a empresa, fiz questão de passar na calçada contrária do hotel, sabia que Anahi ainda não estava lá, quem jantaria ás quatro horas da tarde? Mas não posso negar que me deu um nó no estômago assim que olhei para dentro do restaurante e lembrei que mais tarde Anahi poderia estar caindo no papinho daquele cretino.

  A reunião foi normal, ficaram chocados e até preocupados por eu ter aparecido de surpresa por lá. Mas sempre fui muito bem recebido, conhecer o dono tinha seus privilégios. Sai por volta das seis da tarde e sabia que teria que passar novamente na frente do hotel e esse horário, já era comum ter pessoas jantando.

  O dia tinha sido cheio e cansativo. Não sou muito bom de acreditar em coincidências, sempre fui mais o homem de ação, mas o fato de estar na frente do Plaza Tropical não passava de puro acaso.

  Agora entrar no hotel, cruzar o saguão e ir direto para o bar poderia ser considerado com o que?

  Estava com sede, por que não poderia distrair a cabeça enquanto bebia uma boa dose de whisky?

  Me sentei na cadeira mais ao fundo do bar, que ficava bem atrás de um mármore, o que fazia com que eu não tivesse uma visão dão boa do restaurante logo atrás, mas da mesma forma, as pessoas que estavam lá, não conseguiam me ver. Ou era o que eu acha.

  O hotel estava até calmo para uma segunda-feira no meio das férias de verão. Tinha apenas dois funcionários, o bartender que preparava um pedido para um senhor de aproximadamente sessenta anos sentado na outra ponta do bar e a hostess, que atendia todos que entravam para o restaurante.

  Anahi tinha saído junto com Genevieve por volta das três e meia, já era para ela estar aqui. Mas eu não conseguia vê aquele relâmpago vermelho de cabelos agora negros.

  Tentava disfarçar a minha curiosidade, olhava em volta tentando identificar qual o caminho que levava para os quartos. E se ela tivesse desistido do jantar e fosse direto para a sobremesa? Isso me preocupava, sou homem e o pior, sou do tipo cafajeste, o mesmo que esse panaca fez com ela, de marcar um jantar em um hotel, eu já fiz com outra também... e pulamos o jantar.

  O bartender se pôs a minha frente e colocou um guardanapo com a logo do hotel no balcão.

— O que vai querer hoje?

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