Capítulo 11 - As surpresas da vida

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— Que lugar é este, Gustavo? — Melissa perguntou depois de descer do carro.

— É um orfanato e... — antes que ele conseguisse terminar a frase, várias crianças começaram a correr em sua direção gritando: "Tio Gustavo". Ele os cumprimentou, abaixando-se para abraçá-los. — Eu demorei muito?

— Claro! Dona Benedita até falou que ninguém ia fazer nada até você chegar — uma criança de dez anos falou. — Ainda bem que está aqui, estou morrendo de fome! — completou, alisando a barriga.

Gustavo riu, mas foi surpreendido por um abraço forte de uma das meninas mais fofas do orfanato. Ele depositou vários beijos no rosto dela enquanto retribuía o abraço forte. Porém, o que ela tinha de fofura, tinha de curiosidade, por isso aproximou-se do ouvido dele e perguntou:

— Tio Gustavo, quem é essa daí? — Apontou o dedo para Melissa, que, até então, só observava a cena em silêncio.

— Ah, desculpem a minha falta de educação, crianças — respondeu, erguendo-se e posicionando-se ao lado de Melissa Caller. — Essa aqui é minha amiga Melissa, ela veio nos ajudar na gincana.

— Oi, crianças! — Melissa disse, acenando entusiasmada.

— Tio Gustavo — desta vez, um menino chamou sua atenção puxando a calça do médico. — Essa aí é sua namorada, não é?

Gustavo sorriu sem graça e balançou a cabeça negando.

— Você está muito esperto, Pietro. Por isso, o doutor binóculo vai te pegar! — respondeu, fazendo voz de vilão malvado, em seguida retirou um binóculo de dentro do sobretudo que usava. Sem demora, as crianças começaram a correr em disparada enquanto gritavam: "Ah, não!".

Melissa remexeu na mochila que carregava e puxou a câmera de lá. Depois de ligá-la, começou a rir ao mesmo tempo em que gravava a situação do médico. Ela dava altas gargalhadas enquanto via Gustavo em maus lençóis no chão, recebendo cócegas das mãos ágeis dos pequenos.

Alguns segundos depois, dona Benedita, a governanta do orfanato, chegou carregando uma bandeja de doces.

Alguns jovens a seguiam a uma certa distância segurando balões, bolos, salgados e várias bugigangas que Melissa não conseguia identificar.

A senhora passou pelo enorme jardim que ficava em frente ao casarão, deu uma boa olhada nos meninos e meninas em cima de Gustavo e declarou a sentença:

— Acho que vocês não estão com fome, vou guardar tudo de novo! — Ela fingiu que ia dar meia-volta, mas foi parada pelas crianças, que haviam se erguido da grama.

— Não! — gritavam juntas.

— Então deixem o doutor Gustavo em paz e vão lavar as mãos! — disse séria. — Me desculpe, doutor. Elas não vão mais incomodar. — Ela voltou a caminhar.

Melissa finalizou a gravação, guardou a câmera dentro da case e passou a alça pelo pescoço. Depois, andou em direção a Gustavo Mark e estendeu as mãos para ajudá-lo a levantar.

— Obrigado! — ele disse, limpando a calça.

— Não há de quê, mas muito obrigada pelas cenas, acho que isso vai servir pra alguma coisa — falou, balançando a câmera.

— De nada.

— Mas que lugar é este? — perguntou, olhando ao redor.

Ela viu um casarão antigo e razoavelmente grande ao fundo. Na entrada do local, havia uma fonte branca em formato de flor que jorrava água.

Te Entreguei Meu Coração ❤️ - Série Médicos Do Fim  [FINALIZADO]Where stories live. Discover now