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Trajando calça e blusa escura, sapatos baixos, e um cachecol. Adam desceu as escadas, terminando de prender o relógio em sua mão. Seus olhos se esticaram ao ver Vera na sala. Os dois se cumprimentaram em pouco tempo.

— Já está de saída? — ela o perguntou.

— Estou sim, Vera. Hoje eu quero ir novamente aonde a equipe e tantos outros estão. Você não vai?

— Ah, como eu queria. Eu vou ter que resolver alguns problemas que surgiram de imediato, e ficar um pouco com o meu pai.

— Olha, se você precisar de ajuda...

— Não, não se preocupe. Pode ir tranquilo, meu irmão está aqui como sempre, me ajudando.

— Tem certeza?

— Sim! E tome cuidado na estrada.

Ele sorriu pensando na possibilidade dela estar referindo ao fato del ter decidido ir de carro, sem o motorista, mesmo sem ter contado a ninguém. Vera o lembrou da mãe.

— Não vá demorar muito, para que não ocorra nenhuma cena desagradável entre você e a sua noiva.

— Pode deixar, Vera. Irei tomar cuidado.

Adam se despediu da mulher com um aceno de cabeça, antes de atravessar a porta de saída, aberta pelo mordomo. E mais uma vez, foi pego de surpresa por Silvana, e não só por ela, mas a presença de Ricardo. Os dois se cumprimentaram com um aperto de mão, fitando os olhos um do outro.

— Está de saída mais uma vez, meu amor? — Silvana o perguntou.

— Estou sim.

— Mais uma vez deixando a sua noiva sozinha, Adam... — disse Ricardo, sarcástico. Mas o necessário para que quem se referiu abrir um espaço em sua própria mente para avaliar o comportamento e palavras dele.

— Mas ele me deixará sozinha por uma boa causa — defendeu Silvana, com tom tão amargo na voz — Ele fez um bom projeto em que irá ajudar necessitados.

— Isso é verdade?

— Sim.

— Ah... — riu baixo — Então quer dizer que o noivo da minha melhor amiga ajuda pobres!

Silvana o cutucou com o braço, disfarçadamente.

— Com muito orgulho, Ricardo. Se você quer saber — Adam o respondeu — Pelo menos estou fazendo a minha parte... E a minha noiva, pelo o que eu estou vendo, não está só. Por tanto, na minha ausência, terá alguém.

— Mas a sua presença e insubstituível, e você sabe bem — disse ela.

Ricardo envolveu seu ombro, a puxando para si.

— Que bom mesmo, não é?

Adam apenas assentiu, seguindo seu caminho.

— Parece que alguém nem sequer ficou enciumado — brincou Ricardo.

— Fui eu que fuquei extremamente irritada. Isso foi totalmente desnecessário, Ricardo! — praquejou — Será que não vê que ele é meu noivo?!

— Disso eu sei... — cruzou os braços — Eu apenas quis ver como ele reage a situações tais.

— Adam confia plenamente em mim. Ele sabe que eu não teria coragem alguma de corromper a nossa relação — contou Silvana, desejando que Ricardo acreditasse em suas palavras enquanto prosseguiu para a porta.

— Eu sinceramente não sei o que você achou tanto nele. Ele é tão sem graça, sem emoção.

— Adam é uma boa pessoa.

Simplesmente, Você | Livro I Where stories live. Discover now