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Trilhando o mesmo caminho já conhecido, Adam parou em frente à casa ao ficar em frente a porta. Ele estava determinado a ver a primeira pessoa que veio em sua mente, assim que abriu seus olhos.

Seus dedos bateram contra a porta, duas vezes.

— Ah, é você — sussurrou Nina, ao abrir o umbral e identificar o homem do lado de fora.

—... oi, Nina. Bom dia.

— Bom dia — ela cruzou os braços.

— Me desculpe estar aparecendo novamente aqui e, por essas horas. Mas é que eu preciso ver muito a Mavi e conversar com ela.

—... não, tudo bem. Mas é que ela não está aqui.

Ele recuou alguns passos, sem poder acreditar.

— Como assim ela não está aqui?

— Nem ela, nem as crianças — suspirou.

— Meu Deus. E você sabe para aonde eles foram? Ela te avisou ou...

— Não. Eu não soube de nada, e ela também não me avisou. Simplesmente saiu quando ainda estávamos dormindo.

Ele sentiu o coração diminuir dentro do peito, temeroso por querer saber do porque da atitude da jovem, e na possibilidade de onde ela poderia ter ido.

— E você não a procurou? Não foi atrás dela?

— Eu não fui — respondeu com sinceridade, o surpreendendo. — Por mais que isso pareça algo ruim da minha parte, eu sei que a minha amiga, uma hora ou outra, iria reagir... eu vía nos olhos dela que ela não estava se sentindo tão segura aqui.

— Meu Deus.

— Mavi nunca gostou de incomodar os outros. E você deve a conhecer. A cabeça dela de uma hora para a outra, pode a fazer tomar uma decisão que menos esperamos. — murmurou — Mavi, assim como eu, ainda é jovem e ainda está amadurecendo para muitas coisas.

Adam assentiu, pensativo.

—... mas você tem ideia para aonde ela possa ter ido?

— Ela deve ter voltado pra casa.

— Eu não sei aonde é, você poderia me dizer qual caminho eu posso pegar para chegar até lá?

Nina assentiu, passando em seguida as coordenadas e para aonde ele deveria seguir. Adam agradeceu, e se despediu. Ele mesmo repassou todas as informações passadas por Nina, enquanto traçou o caminho com relva e terra. Seus olhos buscaram por muitas vezes, olhando para longe, a tal cabana que seria o ponto onde ele teria ideia onde Mavi deveria estar.

Adam não desistiu, passou por alguns galhos e desviou de pedras. Até que, o que Nina disse realmente se concretizou. Sendo sustentada ao longe, a cabana foi a resposta para aonde o homem deveria ir.

Cerrando os punhos, Adam pisou firmemente olhando detalhadamente o espaço que a cada vez mais se tornou próximo. Ele se surpreendeu ao ver o tronco de árvore e as latas que possivelmente seriam usadas para serem bancos. Ele estreitou os olhos para olhar bem a cabana de lona, onde o vento passou a separar suas aberturas dando um pouco de ideia da pouca iluminação lá dentro.

Ele poderia analisar cada espaço e cogitar de onde cada coisa poderia ser tirada, mas nada comparou a reação que o seu coração teve ao reconhecer Mavi próxima ao velho fogão com os braços cruzados.

Adam ofegou ao notar os poucos movimentos da moça, cogitando a possibilidade dela estar entristecida. O homem engoliu em seco, deu mais alguns passos e força a si mesmo.

Simplesmente, Você | Livro I Where stories live. Discover now