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Caminhando com sua sobrinha pelo corredor, Vera permaneceu com suas mãos nos ombros dela até que entraram no quarto da mesma. Silvana não parou o movimento da ponta dos seus dedos em sua testa.

— Acho que não deveria ter bebido tanto ontem, minha filha — comentou Vera, a guiando para a cama.

— Eu nem bebi tanto assim, tia. Foi só algumas taças de champanhe.

— Taças suficientes para fazê-la ficar tão mal da cabeça.

Silvana bufou, sentando-se se em seguida na cama.

— Não precisa exagerar tanto. Essa dor já já vai passar... mas eu nem sei do porque de tanta dor, a virada não foi a das melhores.

— Diz isso porque o seu noivo não estava por lá?

— Claro. Ele preferiu mil vezes ficar dentro de casa, ou ter ido ver aqueles mendigos, do que conosco numa data tão importante! — encolheu — Ai. Só de pensar nisso minha cabeça já dói!

— Então não pense! Não há necessidade alguma de você ficar alimentando um ódio sem necessidade por seu noivo.

— Diz isso porque não é nada dele, e gosta de quem ele é.

—.... eu também penso na escolha dele ter ficado aqui, por preferir que passássemos a virada lado a lado.

— Mas isso não faz sentindo nenhum. Ele um dia vai se tornar um dos Dominique e vai ter que se acostumar com o fato de estar ao nosso lado como família!

— Mas enquanto isso não acontecer, temos que respeitar as escolhas e preferências dele. Não acha?

— Humrum. Tá — rolou os olhos.

— A sua reclamação me fez ter uma ideia.

— E qual é? — a olhou.

— Que tal um dia sairmos juntos, em?

— Todos nós da família?

— Sim. Como um programa, Adam não vai poder escapar.

— É — estalou a língua — Não acho uma má ideia.

— A mãe dele pode até ir conosco.

Silvana deu de ombros, para evitar revirar os olhos, deitando-se na cama.

— Depois conversamos sobre isso, está bem?

— Claro, minha sobrinha mais querida e que amo tanto! — a deu um beijo na cabeça — Agora, descanse e durma bastante, está bem?

— Mais do que eu dormi?

— Mais ainda — gargalhou.

— Tia. Se você puder falar com o Adam, diga a ele que quero conversar mais tarde.

— Se eu vê-lo, direi sim.

— Mas eu estou falando sério, está bem?

— Sim, querida! Não vou deixar de falar com ele.

— Bom mesmo — fechou os olhos, abrigando suas pernas por debaixo das cobertas — Até mais tarde, titia.

— Até mais tarde.

Vera saiu do quarto, cruzou os braços e andou com passos firmes pelo andar, a fim de ir para o de baixo. Mas Lúcia se pôs responsável em para-la no mesmo lugar da noite anterior, onde esteve com seu filho.

— Que bom que você está aqui, Vera. Eu te procurei pela casa inteira.

— Ah, Lúcia. Eu estava com a Silvana, depois a ajudei para ir ao quarto dela descansar. Ela acabou bebendo demais e agora está com os resultados disso.

Simplesmente, Você | Livro I Where stories live. Discover now