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Estacionando o carro na última vaga que achou, Adam desligou o automóvel. Olhou para os lados, e com uma das mãos abriu o automóvel. Seus pés foram os primeiros a serem postos para fora, antes do seu corpo ser o segundo.

Trancou bem o carro, e dando passos na direção da calçada, parou com uma voz baixa o chamando pelo nome.

Seu rosto surpreso olhou na direção de onde tinha saído a voz, poderia ser alguém da equipe ou sua própria mente o tinha enganado, mas para sua surpresa, não tinha sido nenhum deles que o tinha chamado. Mas sim, a moça que tomou sua atenção por tantos minutos.

Ainda vislumbrado com a presença da jovem, por ela parecer tão pequena mesmo tendo centímetros de diferença em relação à altura, as pupilas bem mais dilatadas e o rosto com um rubor abrasador para quem visse de perto. Respondeu com um simples "Oi", tímido mas ainda embargado.

— Você é o Adam, não é?

Umedecer os próprios lábios o fez voltar para si e poder responder com clareza, mas não sem antes dar uma risada baixa.

— Sou, sim. Sou ele mesmo.

— Ah, que bom então! — a jovem suspirou de alívio — E antes que você tenha dúvida de quem eu sou — ela levantou a mão, em forma de cumprimento — Eu sou a Mavi!

Mavi, então é assim que se chama. Mavi. Pensou ele.

— É um nome muito bonito!

—... o seu é bonito também!

— Obrigado, Mavi — Adam se surpreendeu pelo nome da moça parecer tão doce em sua voz. — Mas, então. No que eu posso lhe ajudar?

— Bom. Ajudar, você já está bem ajudando, e... bom. — ela esfregou as mãos, desejando ardentemente que seu rosto não estivesse tão vermelho quanto estava sentindo o calor em suas bochechas — Eu quero te agradecer.

—... me agradecer?

— Sim, te agradecer — sorriu, surpreendendo Adam pela beleza de seus dentes tão bem alinhados — Agradecer por estar sendo tão bom, não só comigo, mas com todos nós que passamos tantas necessidades — ela o pegou de surpresa, levando uma das suas mãos à dele — E eu espero que Deus te recompense em tudo, e principalmente por isso... pode ter certeza que Ele tem muito orgulho do filho que você é!

Adam sorriu espontaneamente com o que foi dito por Mavi, mesmo sendo palavras de uma pessoa que passou a ganhar sua atenção em pouco tempo e que ele não tinha uma intimidade maior, sentiu conforto no que escutou.

— E que Ele te abençoe mais ainda, Mavi. — ele desejou, cobrindo as mãos da jovem com as suas.

Na junção de suas peles, do calor que passaram um para o outro, Adam nunca se sentiu tão confortável mesmo sendo um contato de segundos, mesmo que fosse de uma pessoa tão inesperada e de origens tão diferentes da sua.

Mas estar um tão perto do outro teve seu fim.
A voz de Nina chamando à Mavi a fez voltar para si mesma, e tirar suas mãos das de Adam antes que Nina pudesse ter a possibilidade de ver.

—... ah, oi seu Adam — Nina acenou com a cabeça, puxando Mavi para perto.

— Olá. — ele a respondeu, sem alteração alguma na fala.

— Eu estava te procurando por todo canto, menina. Vê se não some na próxima vez! — relatou à Mavi.

— Vocês são irmãs? — indagou ele, surpreso.

— Não, somos amigas à muito tempo — Mavi fez questão de responder.

— É isso aí — disse Nina — Mas temos que voltar para as nossas casas, vamos Mavi.

Simplesmente, Você | Livro I Onde as histórias ganham vida. Descobre agora