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Depois de uma longa despedida, Adam voltou para a mansão. Ele desceu do carro e logo acenou para o motorista assim que ele partiu na direção da garagem. Um longo suspirou saiu de seus lábios, acreditando ele que aquilo foi responsável por fazê-lo subir e passar pela porta da moradia.

Antes que pudesse seguir, Adam foi parado pela voz de Alberto, o mordomo da casa. Seus olhos esverdeados demoraram por um momento, tentando raciocinar do porque que o mordomo pareceu tão tenso assim que o chamou. Lentamente, ele chegou.

— Telefonema para o senhor — disse o mordomo, o entregando o telefone.

— E você sabe me dizer quem é?

— Eu não sei, mas. Pelo o que a mulher disse, vem do hospital.

Adam estranhou por estar recebendo a ligação logo daquele lugar. Mas mesmo assim, agradeceu ao mordomo e finalmente apertou o botão, dando a possibilidade para que pudesse descobrir o que estava acontecendo.

— Bom dia, quem está falando é o Adam Levi. Me disseram que queriam conversar comigo.

— Ah, senhor Levi! — a voz fina de uma mulher, ecoou do outro lado da linha — Que bom que finalmente pude entrar em contato.

—... eu posso saber do motivo de ligarem para cá?

— Bom, senhor. É que você nos entregou o endereço da casa a qual disse que poderíamos telefonar, caso fosse necessário.

— E pelo visto...

— Adam, por favor. O quanto mais rápido puder, venha para o hospital que você esteve presente a poucos dias. Precisamos tratar de um assunto muito urgente!

— Certo. Eu já estou à caminho.

Cerrando os punhos enquanto se moveu pelos corredores, Adam olhou em direção ao balcão de recepção, passando em seguida as suas informações. A mulher, do outro lado, hesitou ao lembrar que a já tinham deixado ciente se caso fosse Adam que chegasse. E graças a ela, ele encontrou o lugar em que já os esperavam.

Uma moça morena, de cabelos curtos e cacheados, levantou-se da cadeira levando sua mão em cumprimento à ele.

— Você deve ser o Adam.

— Sou eu mesmo.

— Bom, eu sou a doutora Moura. Sente-se, por favor — pediu, indicando com sua mão a poltrona perto da mesa, indo parar do outro lado — Bom. O senhor não deve estar entendo nada mas, eu preciso ser breve. Tenho assuntos pendentes para serem resolvidos.

— Eu sou todo ouvidos.

A doutora assentiu, uniu suas mãos por cima da mesa inclinando seu corpo magro.

— Adam, eu sou uma das pessoas que está interligada ao que acontece nesse hospital. Eu tenho uma ligação muito forte com a diretora, e sempre a deixo a par das coisas. Inclusive, muitas pessoas se comunicam comigo  — contou. — O senhor se lembra de ter vindo aqui, alguns noites a trás, não é?

Adam engoliu em seco, lembrando do maior motivo da sua presença.

— Sim, senhora.

— E estava acompanhando um paciente chamado Genésio, não é mesmo?

—... isso mesmo.

— Mas não estava sozinho. Uma jovem estava com você.

Adam tremeu na cadeira ao lembrar de Mavi.

—... sim.

— Bom, é sobre ela que iremos discutir.

O homem não pode compreender pois não viu necessidade alguma daquilo.

Simplesmente, Você | Livro I Onde as histórias ganham vida. Descobre agora