Capítulo 34 - A Caçadora

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Ela estava dançando no meio da pista quando tocou a minha música favorita. Eu já havia tomado umas duas doses. Acho que ela estava dançando de olhos fechados. Quando percebi, eu estava ao seu lado. Não sei como ela fez isso, mas sei que ela fez...

Era ela...

Com certeza, aquela morena linda de olhos verdes com vestido de couro vermelho que eu havia reparado lá fora e fez meu coração disparar...

Eu sorri para ela como se estivesse de joelhos e ela correspondeu como se estivesse em um trono de ouro...

A música estava alta demais, eu me aproximei e falei no seu ouvido:

- Se eu tivesse uma algema eu me prenderia em você.

Ela sorriu de um jeito diferente, abriu uma pequena bolsa e me mostrou uma algema de aço e piscou para mim...

- Mas eu tenho...

Eu senti um cheiro tão gostoso, adocicado quando ela se aproximou de mim... Que tipo de mulher anda com uma algema na bolsa? Será que ela é policial? Se não for? Sinto que vou descobrir...

- Quer me prender?

- Você quer que eu te prenda?

- É a coisa que eu mais quero.

- Eu também...

- O que você tá esperando?

- Cuidado! Eu posso não te soltar mais...

Então eu ofereci os punhos, em um ato de profunda estupidez e imprudência. Sem perder tempo, a mulher de vermelho pegou a algema brilhante, colocou no meu pulso e apertou. Eu sorri e senti medo. Ela percebeu, ajeitou o nó da minha gravata, se dependurou no meu pescoço, me beijou na boca, não paramos mais de beijar até a música acabar, enquanto as pessoas que estavam próximas riam e até gritaram...

Em geral eu saio do trabalho, faço um lanche e vou direto para casa estudar. Não tenho namorada, também não sou muito de frequentar happy hour, quase nunca saio durante a semana, mas hoje é sexta e francamente quero viver um pouco. Aproveitar a vida que eu conquistei...

Quando a música acabou a gente foi para o bar. Eu pedi outro uísque e ela pediu uma caipirinha. Eu não ia pedir para ela me soltar. Ela estava tão perto de mim.

- Eu me chamo Matheus.

- Vou te chamar de presa, porque você está preso. Você pode me chamar de Caçadora.

- Eu sou sua presa?

- Claro que é... Eu te capturei.

- Não é tão ruim assim...

- Você que sabe...

- Vamos sair daqui?

- Vamos, Presa. Vamos para seu cativeiro.

Paguei as bebidas e chamamos um carro pelo aplicativo. Ela botou o endereço da sua casa nos jardins.

- Você é policial?

- Não. Sou apenas caçadora...

- E essas algemas?

- São para caçar as minhas presas.

- Você sai para caçar sempre?

- Eu gosto. Mas hoje foi fácil demais...

- Com algemas?

- Eu tenho outras armas. Mas nunca vi uma presa pedir para se prender em mim.

- Eu quero... Quero mais... Me   prende de verdade... Por favor!

- Você vai ter o que deseja!

Voltamos a nos beijar sem parar até chegar no nosso destino. Eu queria tocar no seu corpo, abraça-la... Mas só a Caçadora podia fazer isso comigo, porque eu ainda estava algemado. Tive que me contentar em ficar em atitude passiva e apenas retribuir seus beijos sem parar...

- Pode afrouxar um pouco? Humm... Não vou fugir... Hum...

- Claro que não vai fugir... Olha como você está, acho que você está adorando ficar preso...

- Hum... Estou sim, mas me solta...

- Depois...

- Hummm... Hum.... Quando?

- Depois...

Mas ela não me soltou, nem afrouxou a algema. Chegamos em um condomínio de luxo...

- Você mora aqui?

- Na cobertura, vem. Vamos subir! Vou te prender em um lugar mais confortável...

- E isso aqui?

- Não... Vamos rápido. Ninguém vai notar...

- Não vou fugir... Solta!

- Não mesmo... Vamos logo...

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