Capítulo 81 - O Casamento

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Decidimos nos casar na fazenda da Mommy que fica verdinha no verão. Além disso, temos muito espaço para os nossos convidados e fica há apenas três horas de carro no interior do Estado...

Gostaria que a mamãe estivesse viva para nos abençoar e compartilhar a nossa alegria. Infelizmente ela nos deixou muito cedo e magoada comigo e com a Mommy. Ela não aceitava o nosso romance. Com certeza por conhecer bem a sua amiga Morgana e por me achar muito novo para ela...

Talvez em seus últimos momentos, ela tenha aceitado que eu amo a Mommy. Agora a Mommy vai acabar de me criar do jeito dela, do jeito certo, para o seu deleite e não para o mundo, muito menos para o meu egoísmo masculino. Não estou só, nunca estive, porque a Mommy tem estado ao meu lado o tempo todo, mandando em mim, cuidando de mim e me dizendo o que fazer e como me portar.

Mas resolvemos nos casar e fazer uma cerimônia ao ar livre no cair da tarde da fazenda com a presença de uma Sacerdotisa Celta (uma bruxa amiga da mamãe), alguns parentes e amigos da Mommy. Ela me deixou convidar quem eu quisesse, mas eu só conheço o Zé e não falo com ele há muitos anos. Vivo minha vida para a Mommy, trabalho para ela e não sobra tempo para as redes sociais ou conhecer pessoas novas. Nossos amigos são os amigos da Mommy e todos eles conhecem e apoiam o tipo de relacionamento que vivemos.

O casamento foi realizado à sombra de um pequeno bosque de eucaliptos às cinco horas da tarde do mês de dezembro. Estava muito quente e a brisa espalhava o perfume das árvores. A Mommy mandou decorar o jardim com tapetes vermelhos, ramos de eucalipto, flores do campo e frutinhas vermelhas. Duas fileiras de bancos de madeira e um altar foram instalados formando uma pequena capela ao ar livre. Uma mulher vestida de azul claro tocava violino, uma outra de rosa pastel tocava ocarina e uma terceira de verde água entoava canções célticas, orações e lamentos medievais.

Eu me vesti com um terno novo, branco, de linho, colete e gravata de seda prateada com um ramo de margarida na lapela. A Mommy vestiu uma roupa de couro branco, corset rendado e uma blusa de cetim branca. Ela não usou véu, mas uma coroa de flores. Ela calçava botas brancas com salto alto, bem fininho, daqueles que machucam demais, o cano ia até o meio das suas coxas exibindo um pedacinho das ligas e a barra da meia arrastão branca.

Os convidados nos aguardavam sentados com taças de vinho branco e espumante. O serviço de buffet foi interrompido temporariamente.

Entramos juntos! A Mommy altivamente, sorrindo, me puxava pela gravata, enrolada na ponta dos seus dedos. Todos ficaram tão emocionados. Quando chegamos no pequeno altar cheio de rosas vermelhas e margaridas amarelas (nossas flores favoritas). Uma menina (sobrinha da Mommy) trouxe uma caixinha vermelha de veludo entregou a Mommy e se foi saltitante brincar no jardim. Dentro da caixinha havia um par de algemas de aço. Eu peguei a maior delas e botei nos meus tornozelos. Simbolizando que eu mesmo me prendi por livre e espontânea vontade, segundo o meu amor. Ofereci os meus pulsos e a Mommy me algemou terminando de me prender. A Mommy arrumou a minha gravata e apertou muito o nó e colocou por dentro do colete demonstrando carinho e seu controle total sobre mim. Todos sorriram, suspiraram e tiraram muitas fotos. Ficamos de frente um para o outro por alguns momentos sorrindo.

A Mommy ficou séria, olhou dentro dos meus olhos e me bateu no rosto. Foi uma linda bofetada que estalou rompendo o silêncio do breve momento de amor... Meu rosto ardeu, mas minha alma pegou fogo. Eu não me defendi, tentei agradecer mas a voz não saiu... As músicas voltaram a tocar seus instrumentos e cantar! Algumas pessoas se emocionaram. Eu me ajoelhei para que a sacerdotisa pudesse começar a cerimônia. A Mommy permaneceu de pé...

A SACERDOTISA

Eu, a natureza, essas terras férteis, os céus, os pássaros, as árvores, vocês e tudo ao nosso redor colaboraram para este momento e agora testemunham a união eterna de Luca e Morgana.

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