Capítulo 85 - Despeito

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A minha família passou por grandes dificuldades financeiras (meu pai era um viciado, gostava de cocaína, jogos de azar, bebia todas as noites, saía com prostitutas e batia muito na mamãe). Ele perdeu nossas terras, nossa casa, perdeu tudo nas roletas e mesas de apostas... Até que um dia, os traficantes o mataram. Eu não senti nada! Não consegui derramar uma lágrima. É o que chamam de despeito...

Para evitar a ruína e a degradação pública da família, eu tentei ajudar, comecei a trabalhar, arranjei dois empregos (bicos - afinal ainda era criança), fiz o que eu pude. Infelizmente não foi o bastante, uma noite fui levado pelos mercadores de escravos, que saudaram parte das dívidas da família e deixaram a minha mãe ir. Mas ela faleceu e meus irmãos menores também acabaram sendo levados. Nenhum deles escapou... Acabei parando em um centro de treinamento de escravos onde aprendi a ser submisso e obediente. Fui doutrinado por cinco longos anos. Não me lembro do nome dos meus irmãos, nem do nome do mau pai... Mas eles não conseguiram me fazer esquecer do nome da mamãe, Sarah... Ela me chamava de Márcio. Mas não tenho mais nome. As Supervisoras me chamam de escrave, porque tomaram tudo de mim. Aqui no Centro não tem homem, nem mulher, só escraves. Somos o que nossos Donos decidirem por isso não temos sexo, nem nome.

Acabei em uma feira de escraves aos dezenove anos, mas ninguém se interessou por mim. Eu já estava velhe demais... Enfim, tive sorte, fui comprade por um casal de Dominadores ricos que me tiraram do Centro Municipal antes de eu ser levade para uma fazenda, para uma fábrica ou acabar morto em um torneio maluco de bilonarios excêntricos. Eu não duraria muito nas competições. Talvez fosse melhor "cair em uma máquina" trituradora e ser triturado vivo rapidamente. Melhor do que ser triturado lentamente todos os dias. Mas eu não escolhi o meu destino. Ninguém escolhe. Eu nasci para ser um escrave submisse. 

(Mistress) - Coloque essa algema nos tornozelos. Essa outra nos punhos.

- Sim, Senhora. Obrigado, Senhora.

(Mistress) - Assim mesmo, para trás... Você foi bem treinade. Agora entre na sua gaiola. Não temos muito espaço para montar uma senzala em nosso apartamento, por isso mantemos nossos escravos nessas pequenas gaiolas. Você vai se acostumar logo. Se não se acostumar, o problema é teu. Eu não me importo, contanto que me obedeça e trabalhe...

- Obrigado, Senhora. A gaiola é pequena, desconfortável mas serve para me prender. Portanto é ótima... 

(Mistress) - Nunca ninguém escapou... 

- Eu jamais tentaria! 

(Mistress) - Aposto que não! Mas é o que todos dizem! Amanhã, teu Mestre vai te levar ao Centro para tratar da papelada e do seu registro (chip, tatuagem, cinto de castidade...)

- Obrigado, Senhora. Serei muito obediente. Gosto de obedecer e servir. 

(Mistress) - Se não for, vai experimentar o meu chicote. Vai experimentar de qualquer jeito. Mais cedo ou mais tarde...

- Obrigado, Senhora. Estarei pronto para receber meu castigo com humildade. Com certeza será uma oportunidade para aprender e se for bom para Minha Senhora me castigar eu não tenho do que me queixar!

(Mistress) - Não apenas eu. Mas não se esqueça do teu Mestre. Ele é muito bruto, violento, tem a mão pesada e bate com força demais... Ele já matou vários escravos aplicando corretivos... 

- Matou?

(Mistress) - Eles não suportaram castigo tão intenso... 

- Sim, Senhora. Aposto que a culpa foi dos escraves...

- Sem dúvida! Teu Mestre vai se esforçar muito para te deixar lindas marcas nas pernas e costas. Gostamos de deixar nossos escravos sempre bem marcados e dolorídos. Você aprenderá a temer teu Mestre que é muito exigente, gosta de bater sem motivo e comer o cu dos escravos na minha frente. 

- Eu nunca fui enrabado. No Centro eles proíbem todo tipo de Dominação, resguardando os escraves para seus futuros proprietários. Também nunca me deixaram gozar...

(Mistress) - Sempre usou essa coisa no meio das pernas?

- Sim, Senhora. Desde que eu me lembre...

(Mistress) - Isso é ótimo! Vou avisar ao teu Mestre. Posso te garantir que ele te enrabar assim que te comprarmos.

- Estou ansioso para servir meu Mestre.

(Mistress) - Tenho certeza que vai fazer doer bastante. Por hora, vire-se. Encoste o rabo na grade. Vou te plugar para te preparar para receber o teu Mestre.

- Obrigado, Senhora. Hum... Huuuuummm....

(Mistress) - Está doendo?

- Sim, Senhora... Muito... Está me arregaçando...

(Mistress) - Teu Mestre vai fazer doer muito mais. Quero que fique com esse plugue até amanhã de manhã na hora de voltar ao Centro Municipal. Vou colocar essa correntinha de segurança, vai te ajudar a permanecer plugado, mas se sair, já sabe... Melhor morder o plugue com toda força.

- Está doendo muito... Mas vou morder... Obrigado, Senhora!

(Mistress) - Excelente... Amanhã duvido que consiga andar normalmente. Melhor pernoitar ajoelhado com a boca no chão da gaiola. Não tem mesmo muito espaço para se esticar... Duvido que consiga dormir essa noite ou nas próximas. Mas eu não estou te comprando para dormir...

- Obrigado, Senhora. 

- Aproxime-se para receber a mordaça e a venda. Não tem motivo para ver ou com quem falar enquanto estiver na sua gaiola.

- Hum... Hummm...

- Sim, aposto que no Centro Municipal não te obrigavam a pernoitar assim... Mas aqui é a minha casa e essas são as minhas regras. Amanhã teu Mestre vai comer teu cu e vai te encoleirar. Vamos ver se você vale alguma coisa...

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