Capítulo 67 - O Corte

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O Leviatã estava lotado com todos os meus amigos, eles estavam nos esperando. Os amigos da Bri também foram. Todos queriam ver um enforcamento público! Eles teriam... Quando chegamos, todo mundo começou a gritar, aplaudir e em couro pediam um beijo batendo palmas e até nas mesas.

O Beijo

Eu e a Bri não gostamos de decepcionar os nossos amigos. Fomos até o meio do pequeno salão de mãos dadas e nos beijamos na boca por cinco minutos... O povo explodiu enquanto o DJ tocava Prince e Sade. Sim, a gente chamou um DJ amigo nosso para animar a festa.

O Pedido

A Bri vestia um conjunto de couro branco e botas. Eu vesti o que ela determinou (paletó e gravata). Quando o beijo terminou eu me coloquei de joelhos na frente de todos, peguei um anel de ouro no bolso interno do paletó, a turma fez silêncio, todos nos fitando... Eu ofereci a jóia (um anel de outro bem fininho com um rubi) e fiz a pergunta que todos queriam ouvir...

- Quer namorar comigo?

A Bri se aproximou, pegou o anel da minha mão e mostrou para a galera que explodiu em gritos de alegria! Ela enfim disse sim acabando com a minha afonia e eu botei o anel em seu dedo! Todos aplaudiram, eu me levantei e nos beijamos novamente por um minutinho, deixando todos em silêncio comovidos. O meu enforcamento se tornou oficial. A música ficou alta demais e  ninguém ouviu o que a Bri sussurrou no meu ouvido.

- Agora você só faz o que eu mandar. Porque você é meu!

Sem falar nada, eu consenti, dizendo sim com os olhos, a minha mente e com o pau. Porque era o que eu mais desejava para mim! Só a Bri entendeu... Eu disse sem dizer que eu era!

A Bri soltou o meu cabelo, que caiu pelo meu rosto, me acariciou, pegou uma algema de aço na bolsa e me mandou oferecer os meus pulsos (não havíamos combinado isso!).

Eu fiquei em choque com um sorriso amarelo.

Mas obedeci, me ofereci em sacrifício com os punhos cerrados. Eu senti medo, vergonha e excitação. Todo mundo urrava, ria e gritava. A pequena multidão de amigos e conhecidos  alucinada pedia para ela me prender... Eu olhei ao redor e dei de ombros com os punhos fechados e erguidos. Em atitude de submissão, me coloquei de joelhos! A Bri botou a algema em mim e apertou levando todos ao êxtase. Ela me prendeu na frente de todo mundo.

Mas as surpresas não haviam terminado ainda...

A Bri pegou uma máquina (de cortar cabelo) na bolsa e ligou olhando nos meus olhos (sorrindo).

- Eu disse que ia cortar se eu fosse a tua namorada.

- Vai em frente, amor, eu sou teu...

- Muita coisa vai mudar na tua vida a partir de hoje.

- Estou contando com isso...

Bri separou uma mecha do meu cabelo com uma mão e começou a rapar a minha cabeça com a outra sob os olhares incrédulos de todos os nossos convidados, que ficaram boquiabertos e em silêncio. Só se ouvia um zumbido de abelha que o aparelho produzia. Acho que alguns chegaram a suspirar quando as mechas caíam. Outros taparam a boca. Eu fiquei sério, imóvel...

Eu não cortava o cabelo há uns dez anos, mas a Bri não perdeu tempo, em segundos deixou tudo no chão do bar. Eu fiquei quase careca, depois ela também aparou a minha barba que ficou curtinha. Enfim, eu me levantei sob os olhares atordoados de todos e me transformei em um novo eu...

A Bri me levantou e fomos beber e dançar...

Estamos namorando!

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