Capítulo 5

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Feliz dia das crianças, amores ❤

Vcs pediram tanto, que não pude deixar de entregar esse presente kkkk Boa leitura, minhas razões 😍😘

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Angeline narrando:

Olhei desesperada para todos os lados, procurando uma saída de emergência. Bem, devia existir uma saída de emergência em um closet tão grande... mas não existia.

Meu celular havia ficado do lado de fora, minha mãe acha que estou na Diana e Thomas está chegando. Como consegui me embrenhar em uma encrenca tão perfeitamente elaborada?

Respirei fundo algumas vezes olhando quais eram minhas opções. Havia uma janela basculante acima de uma das prateleiras, mas era alta demais, além de ser muito pequena. Passar por ali estava fora de cogitação.

Procurei pateticamente e é claro que inutilmente um pé de cabra para tentar abrir a porta, mas a única coisa que avistei com a consistência levemente parecida com isso devia ser o troféu cuidadosamente posto sobre uma das prateleiras, mas dado a sua posição, eu seria capaz de apostar que Sr. Strorck possuía alguma afeição por ele. Algo me dizia que aquilo não era um objeto onde eu iria querer mexer.

Girei 360 graus ao redor de mim mesma, mas a menos que eu começasse a bisbilhotar com afinco cada um dos armários embutidos, estava claro que eu jamais encontraria algo que pudesse me ajudar a sair. Vagamente me perguntei o quê poderia encontrar de qualquer forma, logo descartei essa ideia. Que Thomas chegasse e me encontrasse em seu closet, mas eu não iria mexer em suas coisas em busca de alguma salvação. Não mesmo.

Me sentei encolhida perto da porta e esperei. Minha mãe estava passando as toalhas, então por questão de lógica, ela teria que entrar aqui para guardá-las. Tudo o que precisava acontecer era ela terminar antes do Sr. Strorck chegar. Vai dar certo.

Permaneci sentada perto da porta por vários minutos até me ocorrer: mesmo que minha mãe terminasse de passar as toalhas, como ela conseguiria entrar se eu bloqueei o código?

Deus, eu bloqueei o código!

Não havia outra escolha. Thomas me encontraria ali se eu não agisse rápido.

À vista disso, num momento de vívida adrenalina, me levantei e fui até repartição sobre a qual ficava a janela basculante, numa altura bem maior do que eu gostaria que ela estivesse.

Pressionei meu pé na prateleira de sapatos atribuindo força gradativamente para garantir que ela acomodasse meu peso sem se quebrar, e quando vi que estava segura, subi com os dois pés. Eu estava no segundo andar de uma casa grande demais - me dei conta vagamente -, mas por hora, minha preocupação era chegar até a janela. Depois me importava com a ideia de cair do outro lado.

Fiz das prateleiras de sapatos os degraus de uma escada improvisada para alcançar a janela, segurando firmemente com as mãos para me equilibrar, e quando cheguei numa altura aceitável, empurrei-a. O fato de ela estar trancada me fez soltar um grunhido de desgosto, mas não me deixou surpresa. Até porque não seria lógico que Thomas colocasse um código na porta mas deixasse a janela aberta.

Num momento de pura tolice, segurei uma caixa que estava posta rente à parede escondida até aquele momento e usei a outra mão para abrir o vão, mas antes que eu conseguisse, meu peso trouxe a caixa ao chão mais rápido do que um raio, me fazendo cair junto.

Por pouco não bati a cabeça na prateleira onde estava o troféu, mas ao meu redor, o conteúdo da caixa se espalhou completamente  - fotos, CDs antigos, livros empoeirados, carrinhos infantis, e até uma bíblia. Esse item em questão me chamou atenção especial, já que, segundo minha mãe, Thomas era ateu.

Um plano para nós (PAUSADO)Where stories live. Discover now