Capítulo 61

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Angeline narrando:

Eu não precisava ser nenhuma mulher experiente em relações ou impulsos sexuais para saber mesmo sem olhar o que um beijo havia causado em Thomas. E com certeza também não precisava que ele me dissesse que precisávamos nos vestir novamente pra que eu obedecesse. Me levantei depressa e coloquei minhas roupas sem olhar para ele.

- Angeline, eu...

- Eu sei. - O interrompi, tirando dele a obrigação de se explicar. - Precisamos ir pra casa.

Thomas me encarou por um tempo enquanto eu terminava de me vestir, e foi apenas quando coloquei minha blusa que ele se levantou para colocar sua roupa também.

Passei os dedos entre os fios do meu cabelo para desembaraçá-lo e suspirei ao notar sua textura rígida. Eu teria trabalho para lidar com ele quando chegasse em casa.

- Ei... - Thomas segurou meu rosto entre as mãos depois de abotoar sua calça. - Eu nunca serei apenas um cara numa revista de fofoca ou política que você conheceu há muito tempo. O que existe entre nós não vai acabar. Está bem? Nunca.

As palavras que minha mãe disse outro dia ecoaram em minha mente. Ele vai te fazer chorar, Talvez não de propósito, mas um dia ele vai destruir você. Parte de mim sabia que ela estava certa - como sempre -, mas existia uma outra parte, uma ingênua e inocente, que insistia em manter esperança de que dessa vez seu instinto materno falhasse. Foi essa pequena esperança que me fez assentir, concordando com suas palavras.

Thomas selou nossos lábios novamente, num rápido beijo tenso que escondia bem mais do que apenas paixão. Em seguida ele tocou sua testa na minha.

- Então... você não vai embora.

Suspirei.

- Eu já disse que não.

- Sendo assim eu posso te ajudar a desfazer aquela mala que você deixou em casa, se quiser.

Levei um pequeno instante para saber de que mala ele estava falando, e quando minha ficha caiu, eu gelei.

- Ah, não. - Recuei um passo batendo a mão na testa. - Diana!

Thomas franziu a testa.

- O que tem sua amiga?

- Eu disse que dormiria na casa dela hoje. Ela até comprou uma pizza pra gente e eu nem liguei para avisar que não vou mais. Você trouxe seu celular?

Ele olhou para a camisa branca que ainda estava no chão e fez uma careta.

- Deixei no bolso do paletó.

Bufei.

- Ótimo, ela vai me matar.

- Não necessariamente. - Thomas pegou a camisa da areia e sorriu para mim ao colocá-la. - Estou morrendo de fome. Acho que uma pizza agora viria a calhar.

Minhas sobrancelhas se ergueram enquanto ele abotoava os botões.

- Você quer ir na casa dela?

- Não é longe daqui. E lá tem pizza.

- Que já deve estar gelada.

- Nada que um micro-ondas não resolva. - Ele colocou a camisa por dentro da calça e deu de ombros. - Se você quiser podemos ir pra casa, mas eu não quero ser motivo de desavenças entre você e sua melhor amiga.

Pensei um pouco e sorri.

- Antes tarde do que nunca, não é? Vamos fazer uma surpresa pra ela.

Poucos minutos depois estávamos estacionando na frente do gramado da casa de Diana, e eu agradeci a Deus ao notar a luz acesa através do vidro das janelas. Eu não fazia ideia de que horas eram.

Um plano para nós (PAUSADO)Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang