63° Cap.

6.1K 357 105
                                    

mini maratona 2/3

15:00 / 14 de outubro, quarta.

Dylan on

O treino de hoje foi muito cansativo. Estou todo dolorido por conta daqueles boi que confundem lacrosse com rodeio.

Assim que acabamos o treino, fui para o vestiário. Tomei um banho e coloquei uma roupa limpa que estava no meu armário. Terminando de me vestir, peguei minhas coisas e fui procurar meus amigos.

Peguei carona com Connor e Scott para a delegacia, onde encontramos todas as mães, inclusive a minha. Juro que eu não esperava que ela realmente fosse vir, fiquei até surpreso. Confesso que foi um saco ficar aquele tempo todo sentado ouvindo o homem lá falar, parece vitrola velha, não calava a boca um segundo, deixava nem a gente falar o que aconteceu.

Saímos da delegacia quando já estava escurecendo, o policial disse que os vídeos provando as agressões são o suficiente, e eu dei glória ao pai. Não quero nunca mais ter que fazer um boletim de ocorrência, tá repreendido.

Liz: Como ele está?- perguntou para a mãe.

Clarice: Bem.- sorriu.- Ele mandou um beijo para você.- Liz sorriu.

Liz: Da um beijo nele por mim, tá?- assentiu.- Amo vocês.- beijou a bochecha da mãe e se despediu da mesma, que logo entrou no carro e deu partida.

Emma foi embora com o pai dela, Connor e Scott foram para casa também e então restaram somente Liz, minha mãe e eu.

Liz: Vai querer carona?- olhou para mim.

Dylan: Ahm...- olhei para minha mãe.

Amanda: Vai filho, eu tenho que voltar ao trabalho mesmo.- sorriu e beijou minha testa.

Dylan: Como sempre...- disse baixo e fui até o carro de Liz.

Liz: Você está bem?- me olhou preocupada e eu assenti.

Dylan: Em minha vida inteira, sempre fui menos importante que o trabalho dela, não sei porque achei que hoje seria diferente.- ri sínico e entrei no carro.- Quer fazer o trabalho de química lá em casa, já que vai me dar carona?

Liz: Pode ser.- entrou e demos partida.

Chegando em casa Liz estacionou na minha garagem, já que o único carro que está dentro é o meu, pois fui correndo para a escola hoje. Entramos em minha casa, deixamos nossas coisas na mesa da sala e fomos para a cozinha e então procurei alguma coisa para comermos.

Dylan: Está afim de sorvete?- perguntei tirando dois potinhos do congelador.

Liz: Sempre!- sorri e fui até ela com o sorvete.

Dylan: Como vamos começar o trabalho?- entreguei uma colher a ela.

Liz: Não faço ideia.- riu e abriu o sorvete, logo lambendo a tampinha.- Por que está me olhando assim?- perguntou sorrindo envergonhada.

Dylan: Aqui está sujo...- apontei para o canto de sua boca, e a mesma tentou limpar.

Liz: Pronto?- neguei rindo.

Dylan: Aqui...- peguei um guardanapo e limpei para ela.

Ficou um silêncio um pouco constrangedor, olhei em seus olhos e depois para sua boca levemente avermelhada. Me aproximei de seus lábios carinhosamente e quando ia a beijar, meu irmão apareceu na cozinha me chamando.

Tony: Eita...- riu e o olhamos.- Foi mal aí!- coçou atrás da cabeça.

Dylan: O que tu quer?- me afastei de Liz e o olhei com minha cara queimando de vergonha.

Tony: Empresta seu carro?

Dylan: A chave tá no meu quarto...

Tony: Valeu maninho.- sorriu e saiu da cozinha.

Me virei para Liz e então começamos a rir. Aquilo foi totalmente embaraçoso...

Liz: Ahm... Vamos fazer o trabalho!- disse indo até a sala junto com seu sorvete.

Ficamos umas três horas fazendo o trabalho de química, que ficou perfeito no final. Não tocamos no assunto do quase beijo em momento nenhum. Jantamos Mac'N Cheese e depois acompanhei Liz até o carro.

Dylan: Ei...- me olhou.- Desculpa por aquilo, sei que eu disse que somos só amigos... Mas...- olhei para minhas mãos.- Sei lá, tô com saudade do seu beijo...- sorri envergonhado e ela me olhou sorrindo.

Liz: Tá tudo bem, Cooper.- chegou mais perto.- Lembra? Melhores amigos que se pegam...- mordeu o lábio inferior com timidez e então eu sorri.

Aproximei meu rosto do seu e a beijei com desejo. Nós nos separamos com selinhos por falta de ar, sorrimos e ela me abraçou.

Liz: Tchau lorinho.- me deu um último selinho e entrou no carro.

Ana Liz on

Fui para casa sorrindo pensando no acontecido. Chegando no prédio, estacionei o carro em minha vaga, peguei minhas coisas e entrei no elevador.

Assim que parou em meu andar, dei de cara com Connor e meu estômago esfriou com tudo, quase que a pressão cai rapaz.

Mas que diacho em, quando estou finalmente boiolando por alguém esse filho da mãe aparece? QUAL É?! Pode nem ter paz nessa vida, eu em!

Connor: Não vai descer?- perguntou rindo e então me dei conta de que estava paralisada.

Liz: A-Ah... Vou.- sorri sem graça e desci do elevador.

Connor: Está tudo bem? Está meio pálida.- me olhou.

Liz: T-tô, é só a pressão que deu uma quedinha leve aqui.- ri nervosa.- É... Boa noite!- sorri e entrei com pressa em meu apartamento.

Me apoiei na porta assim que a fechei, e me sentei no chão tentando processar o pani que meu sistema acabou de dar.

Comecei a rir pensando sobre tudo, e então olhei para minha janela. O céu está totalmente estrelado, parece que está tudo tão tranquilo lá em cima.

Me sinto leve ao olhar para o céu todo brilhante, parece que ele colaborou um pouquinho com a minha semana e resolveu sumir com aquele tanto de nuvem carregada.

Tomei um banho, coloquei meu pijama e levei minhas cobertas e meu travesseiro para a sala. Escovei meus dentes, peguei meu carregador e fui para a frente da janela.

Liz: Obrigada meu Deus, pelo dia incrível...- sorri olhando para o céu.- Sei que não foi perfeito, mas estou muito grata por meu pai estar melhor.- me deitei no meio das cobertas.- Não leva ele não, tá? Não é por egoísmo... É só que eu não sei como viveria sem ele.- respirei fundo e ajeitei meu travesseiro.- Bom... Obrigada viu? Por mais que eu não fale sempre com o senhor, saiba que eu te amo muito.- sorri.- Boa noite!

Me ajeitei e fiquei olhando as estrelas até pegar no sono.

O Idiota do Meu VizinhoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora