Capítulo 12

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- Está tão calado... - Eu disse enquanto Diogo dirigia. Desde que saímos de Santa Teresa, um silêncio agonizante invadia o carro. Ele sorriu.

- Só estou pensando.

- Em que?

Ele me olhou com as sobrancelhas erguidas.

- Que foi? Quando estávamos no balão você me fez te dizer o que eu estava pensando, agora é minha vez.

Ele sorriu e levou um momento pra responder.

- Em você.

- Isso foi muito vago. - Retruquei.

Seu sorriso cresceu.

- Estou pensando em como você não cansa de me surpreender.

- Eu surpreendi você?

- Já está se tornando profissional nisso.

- Como?

- Quer uma lista?

- Eu adoraria.

Ele pensou por um tempo.

- No dia em que nos conhecemos você pareceu imune a mim. Isso me frustrou. Foi a primeira menina naquela escola que não se jogou em cima de mim nem fez nenhuma insinuação quando eu comecei a conversar com você.

Minhas sobrancelhas se ergueram com a surpresa.

- Me sinto lisonjeada.

Ele riu.

- Você não foi na festa em que eu te convidei pessoalmente. Na boa... quem recusa ir a uma festa minha?! A maioria das alunas seriam capazes de vender a própria virgindade por um convite.

- Okay, agora você está exagerando. Era só uma festa...

Ele riu de novo.

- Você me deu o maior fora quarta feira, quando eu te convidei pra sair... e sexta, quando eu achei que você estava indo embora e nunca mais olharia na minha cara, você simplesmente voltou e me beijou. Isso foi... chocante.

Fiquei vermelha.

- Próximo tópico.

- A princípio você parecia ser o tipo de garota que não conseguia falar nem se comunicar com ninguém, como se estivesse sozinha em um mundo só seu. Eu cheguei a pensar que você era autista.

- Nossa... isso sim é pensar longe...

- Mas hoje você superou todas as minhas expectativas. São tantas as pessoas que te amam... é tão fácil ser cativado por você, Luna.

Por um momento eu não soube o que responder. Ele estava falando isso por experiência própria ou com base no que viu hoje?

- Eu acho que vou ter que melhorar um pouco nisso. - Eu disse. - Algumas pessoas da sua equipe de apoio, por exemplo... não pareceram gostar de mim.

Ele sorriu.

- Eles gostaram. Foi só um choque pra eles. Você é a primeira garota que voa comigo.

Meu queixo caiu.

- O que? Como assim a primeira?

- O balão é como um lugar sagrado pra mim. Não é qualquer um que eu levo lá dentro.

Minha boca ainda estava aberta.

- Então... a Evellin não...

- Não. Nem a Evellin nem ninguém. Você é a primeira e única.

Apostas do destinoWhere stories live. Discover now