Capítulo 19

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Acordei no dia seguinte com os raios do sol invadindo meu quarto e levei um momento para me lembrar de tudo o que tinha acontecido no dia anterior.

Gelei quando a percepção caiu sobre mim. Eu dormi sobre o peito de Diogo, mas seus braços não estavam me envolvendo agora...

Me virei por impulso e sorri aliviada quando o encontrei dormindo na beirada da minha cama. Ele estava virado para mim e sua expressão estava relaxada, suavemente descontraída. Sua respiração leve fazia seu peito subir e descer com movimentos regulares.

Eu fiquei o observando por vários segundos, temendo que um mínimo movimento meu o fizesse acordar.

Mesmo de olhos fechados ele parecia o mais lindo dos sonhos. O sonho do meu sonho. Meu príncipe. Meu herói. Meu garoto lindo, que mesmo sem se declarar na noite anterior, eu sabia que me amava. Sim, ele me amava. Já tinha provado isso tantas vezes, que qualquer palavra de declaração se tornou desnecessária.

Então uma onda de realidade passou por mim. Ele era tão incrível... e eu? Apenas uma órfã, insegura, que nunca tinha amado nenhum garoto antes mas já beijou tantos que se tornava impossível contar. Eu era horrível! Jamais chegaria aos pés dele.

O que ele viu em mim? O que em mim era tão atraente a ponto de conquistar dois irmãos de uma mesma família? E se Diogo enfim percebesse o quão simples eu era e decidisse me abandonar?

Não! Ele não faria isso, porque ele disse que iria ficar comigo. Ele disse que continuaremos do mesmo jeito em que estamos agora: juntos. Ele não seria capaz de quebrar essa promessa...

Até porque se ele quebrasse, eu realmente não sei o que faria. Já estava envolvida demais... não era mais possível me separar dele sem que eu sofresse algum dano.

- Eu sei que você está me olhando. - Ele murmurou com uma voz de sono, ainda de olhos fechados.

Sua afirmação me pegou de surpresa, mas eu sorri.

- É vantajoso saber que você é capaz de ver além das pálpebras.

Ele também sorriu e abriu os olhos.

- Eu acho que isso é ainda mais vantajoso pra mim, baby.

Eu pisquei o olhando, enquanto um sorriso bobo brincava em meus lábios. Mas que droga de problema eu tinha que não conseguia olhar pra ele sem me parecer uma idiota?

- Bom dia. - Ele disse.

- Bom dia.

Ele arrumou meu cabelo, que eu sabia estar mais bagunçado do que palhas espalhadas em um celeiro.

- Dormiu bem? - Perguntou de novo.

- Eu posso garantir que nunca dormi melhor...

Seu sorriso se expandiu.

- Eu também. - Ele se aproximou, beijando carinhosamente meus lábios. - Que horas são?

Eu me virei e olhei o relógio na mesinha de cabeceira.

- Vai dar oito e meia. - Me votei pra ele. - Tarde demais pra você?

"Por favor, diga que não..."

Ele sorriu.

- Na verdade sim, mas eu não me importo. Minha mãe não vai notar minha ausência.

Franzi minha testa.

- Como você pode ter tanta certeza?

- Primeiro, - Ele levantou um dedo. - Eu tranquei a porta do meu quarto antes de sair, então ela pode simplesmente pensar que eu não estou a fim de acordar cedo. E segundo, - Levantou outro dedo. - Ela deve estar ocupada demais tendo de lidar com o assalto que Ricardo sofreu ontem á noite.

Apostas do destinoWhere stories live. Discover now