Capítulo 26

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- Por que você fugiu, Luna?

Chocada, eu o olhava imóvel sem conseguir sequer pensar em uma resposta.

- Foi mais fácil assim pra você? Abandonar tudo sem nem ao menos saber o que tinha acontecido de verdade?

- Como você me achou? - Perguntei com uma voz fraca, porque era só o que eu conseguia pensar.

Ele sorriu, um sorriso leve, sem demonstrar nenhum humor.

- Quer um conselho? Se sua intenção é se esconder, livre-se do seu celular.

Meu coração errou uma batida.

- Você... me rastreou?

- Não até aqui, mas sua avó foi simpática o suficiente pra me dizer onde você estava.

Ele olhou a pedra - agora apagada - no chão.

- O que foi aquilo? Você realmente estava pensando em se drogar?

Desviei os olhos desejando que a terra me engolisse viva naquele momento.

- Achou mesmo que isso iria ajudar?

Olhei pra ele.

- O que você tem a ver com isso, Diogo? Você não tem nada a ver com a minha vida!

Ele inclinou a cabeça pensativo.

- Tem certeza?

Eu não respondi, porque é claro que eu não tinha certeza. Ultimamente minha vida estava girando em torno dele.

- Nós precisamos conversar em um lugar mais adequado. Aqui tem muito barulho, vem comigo. - Ele se virou pra que eu o seguisse, mas continuei parada.

- Eu não vou a lugar nenhum.

Ele se voltou pra mim.

- Vou ter que te levar no colo?

Dei um passo pra trás.

- Você não se atreveria...

- Achei que você já tinha aprendido a não me subestimar, Luna.

- Ei, pensei que você tinha ido embora...

Meu coração literalmente parou por um instante quando ouvi a voz de Gustavo atrás de mim.

Me virei por impulso depois de ver os olhos de Diogo escurecerem. Primeiro olhei pra ele, depois para os dois refrigerantes que ele tinha trazido nas mãos.

- Gus... desculpa, mas agora não é uma boa hora. - Avisei como se pedisse desculpas.

- Acho que ela tem razão... Gus. - Diogo colocou uma grande quantidade de ironia na última palavra. Sua voz transpirava raiva. - Agora não é uma boa hora.

Gustavo franziu a testa.

- Desculpa, mas quem é você?

- O namorado dela.

Me virei de repente sentindo meu cérebro gelar.

- Você não é meu namorado!

- Nós não terminamos, Luna. - Ele falou naturalmente.

- Nem começamos!

Diogo não respondeu. É claro que ele sabia que eu tinha razão. Em nenhum momento enquanto nós estávamos juntos ele mencionou que éramos namorados, que direito ele tinha de fazer isso agora?!

Me virei pra Gustavo de novo, tentando manter a calma pelo menos enquanto ele estivesse por perto.

- Gus, por favor, volta pro quarto. Eu te encontro lá em dois minutos.

Apostas do destinoWhere stories live. Discover now